sábado, 30 de janeiro de 2010

Livros - Meninos em guerra e Muito longe de casa

Li um livro infanto-infantil esses dias, para relaxar um pouco, mas, embora seja de ficção, a história de Meninos em Guerra é baseada em fatos reais, contando o que acontece com milhares de crianças e jovens na África e outras partes do mundo. "Recrutados" (ou sequestrados) para lutar nas guerrilhas ou mesmo ao lado do Exército nas guerras civis que assolam diversos países, essas crianças são obrigadas a cometer atrocidades e a matar ou morrer. Passam fome, frio, chegam à exaustão e os poucos que sobrevivem provavelmente terão problemas psicológicos após serem libertados ou conseguirem fugir.

O livro acima é de ficção, mas a biografia Muito Longe de Casa - Histórias de um Menino-Soldado, de Ishmael Beah, é real, contada por um rapaz que lutou numa dessas guerilhas e sobreviveu, são o suficiente para relatar todo o horror pelo qual foi obrigado a passar. Vale a leitura!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Curso de Férias na UnG - Inglês com Filmes


Nos dias 1, 3 e 5/2 darei o curso de férias Inglês com Filmes, promovido pela UnG - Universidade de Guarulhos no campus do Shopping Light, no centro de São Paulo.
O curso é de aperfeiçoamento de Inglês baseado em atividades com filmes, voltado a alunos com nível pelo menos pré-intermediário e será dado em Inglês, com eventual uso de Português. Os trechos de filmes serão exibidos com áudio e legendas em inglês e cada trecho com a respectiva atividade dura cerca de 30 minutos, portanto, em 6 horas serão trabalhados de 10 a 12 filmes diferentes, abordando temas variados para conversação.
As inscrições já estão encerradas, mas quem se interessar pelo curso, entre em contato diretamente comigo.

Programa*

1º dia

Título / Tema principal abordado

- You’ve got mail (Mensagem para Você) – Family members (família)
- The Holiday (O Amor Não Tira Férias) – Houses (habitação)
- Shrek 2 – (Shrek 2) - Traveling (Viagens)
- Finding Nemo (Procurando Nemo) – Memory problems (Problemas de memória)

2º dia

Título / Tema principal abordado

- The Office – pilot (Episódio piloto da série The Office) – Relationships at the job (Relações profissionais)
- 40-year-old-virgin (O Virgem de 40 anos) – Relationships – Finding a partner (Relacionamentos – Encontrando parceiros)
- How to Lose a Guy in 10 Days (Como Perder um Homem em 10 Dias) – Relationships (Relacionamentos)
- Friends – episode That One After Vegas (Friends – episódio Aquele Depois de Vegas) – Marriages in Las Vegas (Casamentos em Las Vegas)

3º dia

Título / Tema principal abordado

- Bridget Jones’s Diary (O Diário de Bridget Jones) – Media (Mídia)
- Billy Elliot (Billy Elliot) – Prejudice (Preconceito)
- Friends – episode That One With The Male Nanny (Friends – episódio Aquele com a babá-homem) – Prejudice – men’s jobs and women’s jobs (Preconceito – empregos de ‘homem’ e de ‘mulher’)
- The Devil Wears Prada (O Diabo Veste Prada) – Fashion world (O Mundo da Moda)

*Os títulos, a ordem e a quantidade de filmes apresentados podem sofrer alteração sem aviso prévio.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Curso gratuito sobre Teatro do Oprimido

Em fevereiro e março o Teatro Coletivo e o Instituto Nova Ágora de Cidadania promoverão dois cursos gratuitos: um programa de formação em Teatro do Oprimido, com 65 horas/aula sobre o Teatro Fórum, uma das técnicas do Teatro do Oprimido, e um minicurso sobre aspectos econômicos, políticos e estéticos da teoria marxista.

Em 2008, participei deste curso sobre o Teatro do Oprimido, porém com carga horária menor. Foi muito interessante, recomendo!

Serviço:
1. Curso de introdução ao Teatro do Oprimido: Teatro Fórum
De 08 de fevereiro a 17 de março
Segundas, terças, quartas e sextas-feiras, das 19h às 22h e sábados das 14h às 18:00
Seleção: Curriculum e Carta de interesse

2. Minicurso Aspectos do marxismo em debate: trabalho produtivo, emancipação humana e realismo artístico
Dias: 04, 11, 18, 25 de fevereiro e 4 e 11 de março
Quintas-feiras às 20h

Inscrições e informações pelo site www.teatrocoletivo.com.br ou pelos telefones (11) 3255-5922 e (11) 8635-0550
Local : Teatro Coletivo
Rua da Consolação 1623 – São Paulo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Interview - All around the world - Cássio Aoqui


Cássio Aoqui is a special friend who always inspires and motivates me. He has visited more than 50 countries, in 4 continents, including Nepal, Syria, Cambodia and other "different" places. The curious thing about our friendship is that it grew stronger exactly during the period he spent working in Japan and we were "pen-pals" (yes, exchanging letters, and not emails, as he lived in a tiny city without internet access). That's why he was chosen to be my 30º interviewee.

How many countries have you visited so far and which ones were the most exotic ones?
Cássio -
To tell the truth, I have no idea of it. For the last account, I had been in more than 50 countries so far, but then I decided not to list them anymore so that it wouldn´t become a matter of quantity or records... What can be considered a visit to a country anyway? Is it valid just to step off the airport for a few hours (like I did in Taiwan)? Or is it a visit to take a tour by bus which, accidentally, crossed the border, with a five-minute walk on the beach (that actually happened in Oman)? I really don't know... The most exotic ones? Well, I enjoyed Syria, Turkey, Nicaragua, Guatemala, Slovakia, Nepal and Cambodia a lot!

How long did you spend abroad when you traveled around Europe and Asia? How did you plan this trip and how did you support yourself financially?
Cássio - I traveled for about six months in Europe with my good friend Erica, in campings (we stayed in hostels and at our friends’ only a few times), in 2003. It was such a great challenge living in a tent and wandering around the whole Western continent for months, but looking back, I have no regrets at all. For this part of the trip, I saved money working as a journalist.
Then I came back to Brazil for a few weeks only to take a working visa to Japan. There I lived for six months, working as a blue-collar for Fuji (yes, the photographic company). Then, in 2004, after a week exploring Tokyo and the surroundings, I went to China and did the whole circuit in Asia, including Tibet (I classify it as a country), Nepal, India and the Southeast Asia. The greatest adventure of my life. Everything was planned in details using guidebooks (mainly "Lonely Planet" and "Let’s Go") and internet sources.

How was the experience of working in Japan? How did you find a job there?
Cássio -
At first, I thought Japan would only be a mandatory place in order for me to save money and keep traveling. But it has literally changed my life, the way I see myself and my relatives. I’m used to saying there’s no other place where I grew so fast and intensively like there. As a "sansei" (third generation of Japanese people in Brazil), I could easily obtain a "dekassegui visa" (for foreigners who want to work there).

You have visited "different" countries, such as places the Middle East and Nepal. What were the main differences between these cultures and Brazil?
Cássio -
The countries in the Middle East (except for Lebanon) have a strong influence of the Qur’an and the islamism, while in Nepal or some other Asian countries buddism is the main influence. Both have in common the fact that it’s not only a religion matter. Buddism, just like Islam, conduct their way of living, in a philosophic way. I never felt so safe and surrounded by such peaceful and genuine people in the West like I did in countries like these ones. That said, it's important to note that, despite all the differences, we are all human beings and we have much more in common than one can imagine.

You travel on your own frequently. What are the advantages and disadvantages of traveling alone? Is there any place you visited where you though it was dangerous to be alone?
Cássio -
I usually say nobody can be really happy if he/she can’t find peace traveling on his/her own. These are the sort of people who deposit hope of happiness in others instead of in themselves. In my case, I confess, the need to be alone is stronger, and I do love traveling with the sound of my mind, especially in long journeys around the world. But for short trips, it’s always a pleasure for me to travel with the one I love and my friends, for instance. And traveling in groups has the advantage of being considerably cheaper. And, I agree, safer --less hussle, less scams, less pickpocketing. In Nepal, for example, there was a Maoist insurgence while I was there and luckily I joined a group of other terrified backpackers and we manage to protect ourselves and eventually flee to India. There I also got really sick and wished I had someone to take care of me...

You usually take long trips, a month or more. How do you plan your trips? Do you know everything you are going to do in advance or you just "go with the wind"? What advice could you give to people who want to take a long trip?
Cássio -
I always buy a good (i.e., with no photos at all but lots of words...) guidebook, like "Lonely Planet" or "Rough Guide". Read everything to choose the places to visit. Then, I start with the logistics (air and ground transportation and lodging). Meanwhile, I check the bureaucracy involved (like visa and permits). I don’t usually care about restaurants and read texts about history, flora and fauna later, on the road. When I have questions, I check them in sites like the Thorn Tree Forum. But now, for the very first time, I’m going with the wind. I’ll be on the road in less than three weeks for three months and have no clues about what to do...

What's the image that some countries you visited have about Brazilians? Have you ever felt any kind of prejudice for being Brazilian?
Cássio -
Only in China some people were not kind, but that’s because of the conflicts with Japan. Generally speaking, Brazil is "Ronaldo, Ronaldinho and Kaká" out of Brazil. And sometimes, "City of God". That’s all. Unfortunately.

What are the top 5 places you visited?
Cássio -
Only four: Africa, America, Asia and Europe, in alphabetical order. =)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Matéria - Profissões do Futuro

Matéria minha para a Revista Young.

Profissões do futuro

Fique por dentro das áreas que devem ter destaque nos próximos anos e dos novos cargos que tendem a surgir

Está prestando vestibular ou ainda indeciso sobre que carreira seguir? Embora não seja possível prever o futuro, algumas tendências de hoje ajudam a identificar como será o mercado de trabalho dos próximos anos e podem ajudá-lo na escolha. “Uma área que está ganhando destaque é a da economia verde, carreiras como engenharia ambiental e gestão de meio ambiente e projetos relacionados à sustentabilidade e reciclagem. Outra vertente é a sigla em inglês STEM – Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, áreas que também tendem a se desenvolver muito e gerar grande demanda em função do desenvolvimento econômico do país, com o pré-sal, por exemplo”, afirma Arnoldo de Hoyos, presidente no NEF – Núcleo de Estudos do Futuro, ligado à PUC-SP.
Além dessas áreas, e em função dos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, carreiras ligadas à comunicação, turismo e lazer, esporte e relações internacionais também devem estar em alta nos próximos anos. “Esses eventos exigem uma infraestrutura muito grande, que o Brasil ainda não dispõe, por isso há muitas oportunidades à vista, tanto na construção civil como na prestação de serviços e na geração de informações antes dos jogos e durante eles”, diz Daniel Estima de Carvalho, professor do Profuturo, Programa de Estudos do Futuro, da FIA – Fundação Instituto de Administração.

Novos cargos

Uma pesquisa do Profuturo, com projeção para 2020, identificou também novos cargos que terão destaque nos próximos anos e que hoje ainda não existem ou são incipientes. O número 1 da lista seria o gerente de ecorrelações, profissional que irá se comunicar e trabalhar com consumidores, grupos ambientais e agências governamentais para desenvolver e maximizar programas ecológicos. Na sequência, viria o chief innovation officer, cuja função será interagir com os funcionários em diferentes áreas da organização para pesquisar, projetar e aplicar inovações. “Os papéis serão cada vez mais abrangentes, o gerente de ecorrelações precisa ter uma formação voltada para marketing, mas também tem que entender de direito ambiental, enquanto o chief innovation officer flutuará entre várias áreas, buscando as melhores ideias tanto em finanças como em marketing, por exemplo”, comenta Daniel.
Na terceira posição da pesquisa, aparece o gerente de marketing e-commerce, responsável por gerenciar o desenvolvimento e implementação de estratégias de web sites para vender produtos e serviços pela Internet e desenvolver o uso da web 2.0, que permite maior interação com os clientes.
Outro cargo inexistente hoje, e bastante curioso, apontado pela pesquisa será o conselheiro de aposentadoria, responsável por ajudar as pessoas a planejarem sua aposentadoria, tanto financeiramente como emocionalmente ou mesmo se recolocarem no mercado ou abrirem o próprio negócio após se aposentarem. A pesquisa indica ainda que haverá o cargo de coordenador de desenvolvimento da força de trabalho e educação continuada, responsável por gerenciar programas para ajudar funcionários qualificados a atingir níveis avançados em suas áreas de especialização. A área de saúde também deve se aprimorar com os bioinformationists, cientistas que trabalharão com informação genética, servindo como uma ponte para cientistas que trabalham com o desenvolvimento de medicamentos e técnicas clínicas. “Os resultados da pesquisa apontaram que a ênfase crescente na inovação, a busca por qualidade de vida e a preocupação com o meio ambiente serão importantes impulsionadores na determinação das carreiras mais promissoras nos próximos anos”, completa Daniel.

Blogueiro profissional

Uma matéria do jornal Folha de S.Paulo de 23 de agosto de 2009 apontou ainda outro cargo que está engatinhando, mas que deve crescer nos próximos anos: o “blogueiro profissional”, responsável não apenas por manter os blogs corporativos das empresas, mas pelo relacionamento com os clientes por meio de redes sociais como Orkut, Twitter e Facebook.
Em julho, 21,9 milhões de pessoas navegaram por blogs no país - o equivalente a 60% dos internautas ativos, segundo o Ibope Nielsen Online. Com a crescente preocupação das empresas em acompanhar as novas mídias, profissionais antenados com essas tecnologias devem ganhar espaço, com a criação de cargos como gerente de redes sociais ou analista de mídias sociais.
“Blogueiros profissionais são produtores de conteúdo autônomos, porém esse não é o maior atrativo para contratá-los, pois para a tarefa de produção de conteúdo o jornalista acaba fazendo o trabalho com mais qualidade. A grande vantagem do blogueiro é sua experiência no uso de ferramentas web 2.0 e sua habilidade em utilizá-las para gerenciar o relacionamento da empresa com seu público alvo”, diz Edney Souza, diretor de operações da Pólvora! Comunicação, consultoria especializada em mídias sociais. “O blogueiro deve estudar novas ferramentas sociais, cuidar da presença da empresa nesses canais e ser uma interface com todas as áreas que detêm o conhecimento dos produtos e serviços e que podem efetivamente resolver os problemas dos clientes”, acrescenta.

Empreendedorismo

O mercado de trabalho também oferece boas oportunidades para quem pretende abrir o próprio negócio. A pesquisa da FIA citada anteriormente aponta que hoje o empreendedorismo responde por 12,8% da PEA (População Economicamente Ativa) do país e a tendência é que em 2020 chegue a 17%. “Há uma lenda que as pessoas só viram empreendedoras no Brasil por falta de opção, após perderem o emprego, por exemplo. Mas isso não é verdade, cada vez mais pessoas estão avaliando a abertura de seu próprio negócio como uma oportunidade real de crescimento”, comenta Daniel.
A pesquisa indica ainda que as relações de trabalho sofrerão alterações significativas nos próximos anos, com uma diminuição dos postos de trabalho formais e, consequentemente, muitos profissionais terão que criar seu próprio emprego. Além disso, com a melhora da educação e dos índices sociais, além do incentivo e orientação do governo e de órgãos como o Sebrae, haverá uma tendência de aumento da atividade empreendedora no Brasil. Até 2020 teremos um número maior de profissionais com ensino superior no Brasil e já há um crescimento de palestras, seminários, revistas e livros sobre empreendedorismo, além do fato de que empresas, universidades e cursos de MBA enfatizam a necessidade de empreender.
O empreendedorismo também é citado na pesquisa como uma busca por satisfação pessoal e independência, aumento da renda familiar e como alternativa de trabalho após a aposentadoria.
Segundo a pesquisa, as oportunidades de negócios estão principalmente no setor de Serviços, em áreas como Saúde e Qualidade de Vida, Turismo e Lazer, Alimentação, Serviços para a Terceira Idade e Consultorias Especializadas (Sustentabilidade, Desenvolvimento de Carreira, Consultoria Pessoal, Planejamento Financeiro e Consultoria Empresarial).
Antes de abrir o próprio negócio, no entanto, pesquise muito, faça cursos e converse com profissionais da área para evitar o mesmo destino de 29% das novas empresas paulistas, que fecham as portas antes de completar um ano de atividade, segundo pesquisa do Sebrae-SP.

Prepare-se para o futuro

As relações de trabalho já estão mudando, e essa mudança tende a se acelerar, o que exige profissionais mais preparados para esse novo mercado. “Os jovens precisam se adaptar às novas tecnologias e ao trabalho colaborativo, muitas vezes à distância e terceirizado. É necessário ainda que tenham uma formação mais interdisciplinar, saibam lidar com problemas mais complexos, sejam fluentes em línguas, pelo menos Inglês e Espanhol, e tenham boa cultura geral”, recomenda Arnoldo de Hoyos.
Apenas boa formação, no entanto, não é suficiente para garantir aos jovens o ingresso ao mercado de trabalho. Na coluna de Gilberto Dimenstein, publicada em 27 de setembro de 2009 na Folha de S.Paulo, o jornalista cita que, em 2008, 730 mil universitários e recém-formados se candidataram a 2.334 vagas de estágio e trainees, mas 10% das vagas não foram preenchidas. Alguns motivos são explicados na coluna pela psicóloga Sofia Esteves, presidente da empresa de recrutamento Cia. de Talentos: má formação (não ter fluência em Inglês, por exemplo), dificuldade de expressar com clareza uma ideia e uma carência de comprometimento. Muitos candidatos são cortados simplesmente porque não vão às entrevistas.
Além disso, uma pesquisa da Cia. de Talentos com 31 mil universitários evidenciou um conflito de gerações – as empresas não estão entendendo os jovens, formados na chamada era da informação, e os jovens não entendem o que as empresas pedem. A pesquisa mostrou que quase todos os universitários que disputaram vagas de trainee e de estágio estão habituados a navegar em redes sociais, como Orkut e Facebook, mas formam uma geração que não aprendeu a reverenciar hierarquias, e o que existe de habilidade para tarefas simultâneas e velozes, falta em foco e aprofundamento.
Desenvolver características como resiliência, inteligência emocional e capacidade de trabalhar em equipe, portanto, já são pontos-chaves para o sucesso profissional hoje e serão ainda mais importantes nos próximos anos.
Ficar por dentro das áreas mais promissoras, ter boa formação, comprometimento e vontade de crescer são essenciais, mas Arnoldo cita ainda outro ponto que o jovem de hoje deve levar em consideração ao escolher uma carreira: “Siga aquilo que faz você feliz. Não adianta procurar algo que não o motiva só porque está na moda ou é uma ‘carreira de futuro’ se você não tiver vocação e não gostar do que faz”.

Matéria - Concursos públicos


Matéria feita por mim para a Revista Young.

Foco na carreira pública

Passar em um concurso público é o sonho de muita gente. Confira as dicas de quem já venceu esse desafio

Estabilidade no emprego, bons salários e segurança para planejar o futuro são os três pilares fundamentais que atraem profissionais de todas as idades para os concursos públicos. Apesar da dificuldade para passar em algumas provas, verdadeiros “vestibulares”, a dedicação e a disciplina nos estudos costumam compensar. “Mas é preciso ter em mente que a carreira pública é uma projeto de vida de médio a longo prazo. Mesmo após a aprovação, não é daqui uma semana ou um mês que você começará a receber seu salário. O tempo para ser chamado pode demorar de seis meses a dois anos”, explica José Luis Baubeta, diretor de RH da Central de Concursos.
Às vezes, esse tempo é ainda maior, como aconteceu com Karine Zinn Ribeiro, assistente administrativa da CEEE - Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul: “Prestei o concurso em 2005 e comecei a trabalhar em fevereiro deste ano. Com certeza, já tinha perdido a esperança de ser chamada”, conta Karine, que passou no primeiro concurso que prestou.
O lado bom é que enquanto você se prepara para o concurso que tem em mente, ou espera ser chamado após aprovação, pode prestar outros em busca de remuneração maior. “Cerca de 80 a 90% das disciplinas de todas as provas são idênticas, assim, ao estudar para um concurso, você está estudando para outros também”, afirma José Luis.
Para prestar as provas, não há limite mínimo ou máximo de idade, mas é necessário ter 18 anos completos na data em que você tomar posse do cargo e a aposentadoria compulsória ocorre aos 70 anos. É bom lembrar ainda que em algumas carreiras é necessário ser aprovado também em provas de aptidão técnica e avaliação psicológica, e em qualquer caso a estabilidade no emprego só acontece após três anos na função. Em média, os valores de inscrição para cargos de nível médio ficam entre R$ 30 e 40 reais e para os cargos de nível superior, entre R$ 60 e 80 reais.

Os dois lados da moeda

Além da estabilidade e do salário, muitas pessoas veem ainda a carreira pública como uma forma de servir ao país, como é o caso de Marcelo Hiramatsu Azevedo, analista do Banco Central do Brasil: “Não via possibilidades em ser empreendedor nem tinha perfil para trabalhar na área privada. No caso do Banco Central, quem não gostaria de trabalhar em uma instituição de excelência e que, ao defender nossa moeda com sucesso há quinze anos, possibilitou aos brasileiros voltar a planejar a vida com uma inflação em patamares civilizados?”.
Conhecer a administração pública pelo lado de dentro, e não apenas como contribuinte, e desmistificar a visão de que funcionário público não trabalha também são pontos positivos na visão de Andrezza Karina Domingues, diretora da divisão de desenvolvimento e capacitação de recursos humanos da Secretaria Municipal de Finanças, da Prefeitura de São Paulo. “Como em qualquer empresa há os que ‘vestem a camisa’ e os que apenas esperam ‘o final do mês para receber seu pagamento’”, diz. “A maior desvantagem, no entanto, é a burocracia, pois como lidamos com dinheiro público, as contratações de serviços seguem um modelo de licitação que às vezes é demorado. Há também a questão de não poder contratar alguém que você gostaria para trabalhar, porque é necessário prestar o concurso”, completa.
Visão semelhante é compartilhada por Eduardo Duarte, formado em Geografia e servidor do Ministério Público do Estado do Acre: “A máxima de que funcionário público é acomodado não reflete bem o que acontece, pelo menos na instituição com a qual tenho vínculo. As desvantagens estão relacionadas ao joguete político que ocorre dentro do governo, vendo pessoas ascendendo e sendo nomeadas conforme as forças políticas predominantes, além de questões trabalhistas, como reajustes salariais”.
A remuneração, que atrai muitas pessoas inicialmente, pode se tornar uma desvantagem para os cargos mais altos, pois os salários não são reajustados da mesma forma que na iniciativa privada, porém a estabilidade no emprego pode compensar.

Dicas para passar nos concursos

“Paraquedistas não têm a mínima chance”, afirma categoricamente Vânia Ferreira Campos, analista da Caixa Econômica Federal. “Prepare-se bem, estudando em casa e, se possível, fazendo um curso de boa qualidade. A chance de êxito está diretamente ligada ao empenho dedicado”, completa Vânia, que estudou por 6 meses, cerca de 4 horas por dia em cursinhos preparatórios.
Essa também é a opinião de Eduardo, que reforça a importância de desenvolver uma rotina de estudos: “É preciso focar no que você quer e começar a estudar, não adianta ler uma página de internet com editais abertos e escolher: ‘vou fazer este!’ Você não terá tempo hábil para estudar, então escolha um cargo que você tenha vocação e comece a estudar agora para esse concurso, mesmo que o edital só abra daqui a dois ou três anos”. No entanto, Eduardo lembra que ninguém deve se “isolar do mundo” para se dedicar aos concursos: “Não é bom perder sono ou esquecer a vida social, é perfeitamente possível ser aprovado com menos sacrifício”.
Ter um planejamento de longo prazo é fundamental ainda para que você tenha uma reserva financeira para investir nos estudos, como fez Marcelo: “No começo, fiz os cursinhos que ofereciam todas as matérias e, na iminência do Edital, módulos específicos em cursinhos mais caros, além de comprar muitos livros. Não foi um investimento barato”, relembra.
Além do tempo e investimento nos estudo, Marcelo aponta ainda outros fatores que devem ser levados em conta ao prestar um concurso: “Não tema a probabilidade. Já em 1999, os concursos eram tão concorridos que a relação candidato/vaga do primeiro concurso que prestei chegava quase a quatro dígitos. A tendência é que o número de concorrentes cresça ainda mais, portanto torna-se cada vez mais importante ter um planejamento sólido e um estudo com qualidade. Além disso, não é uma questão de inteligência passar em um concurso público. É uma questão de prática, insistência e, principalmente, disciplina”.
Na opinião de Andrezza, as provas estão exigindo mais conhecimentos dos candidatos também: “Na época em que passei, há sete anos, achei a prova muito fácil, mas no ano passado houve novamente o mesmo concurso e estava bem mais difícil. Hoje acho importante perceber quais são suas maiores dificuldades e procurar um cursinho para ajudar a estudar, pois os professores têm uma maior noção do que realmente cai na prova”.

Passo a passo para a aprovação

Confira mais dicas de José Luis Baubeta, da Central de Concursos, e dos entrevistados acima, que passaram em diferentes concursos públicos:

- Pesquise as áreas que você tem interesse em prestar concurso e fique de olho nas matérias exigidas
- Converse com quem já passou nas provas e trabalha na área para tirar suas dúvidas e avaliar se você realmente gostaria de trabalhar numa empresa pública
- Fique de olho nos editais e prazos. Não espere o edital ser aberto para começar a estudar.
- Estabeleça uma rotina de estudos.
- Avalie o custo/benefício. Nem sempre vale a pena viajar para prestar provas em outros estados.
- Não peça demissão para se dedicar exclusivamente aos estudos. Você pode demorar para passar ou para ser chamado, e o salário pode fazer falta.
- Não desista nas primeiras tentativas fracassadas. Faça do concurso um projeto de vida de médio a longo prazo.

Serviço:
Central de Concursos
www. centraldeconcursos.com.br
Tel.: (11) 3017-8800

Site - English experts

Do you know how to say "presilha de cabelo" and "terço" in English? Or how to say "já deu o que tinha que dar, já era"? These and many other curiosities can be found at the site English Experts, where you also find dictionaries, online exercises and many other hints to study English. Take a look!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Traveling alone


I mentioned in the previous post that the first time I went to São Luís do Paraitinga I went by myself, and this was one of my first trips alone. That's curious when I tell people that I like traveling alone, most of them find it weird, boring or they say they wouldn't have courage to do that, especially women.

To me, traveling alone is just "normal", I enjoy traveling with friends and family as well, but I won't stay home just because I don't have company, for example. Besides, when traveling alone you can do whatever you want, any time you want without having to ask anybody's opinion or permission. That's when I feel really "independent".

Obviously, it was not that easy to convince my parents of that, and even myself in the beginning, so I started with "homeopathic" doses, just going to the beach for a weekend on my own, in my family' apartment. Then I chose cities close to SP, and SLP was the first one, if I'm not mistaken.

Actually, before that, I had the chance to travel abroad for the first time, to New York, in 2001. Although I stayed with some relatives there, I traveled alone from SP to NY and I went out by myself most of the time there, so it was the first "big" experience of traveling alone. After that, things got easier. If I survived abroad for 10 days, I would probably be ready for new trips on my own. I also have a friend who loves traveling alone and motivates me to do so.

Well, sometimes not totally alone, I go on package tours as well, where you meet a group and spend most of the time with people you didn't know before. These friendships, however, don't last much, unfortunately. When you come back from these trips, you always have a list of new contacts and you often exhange a few emails in the first months, maybe even meet again once or twice. After some months, nevertheless, the emails are rare until they are not sent or received anymore.

There are disadvantages of traveling alone, for sure, you have nobody to comment on the beautiful things you see, you have to take your own pictures or ask strangers to do that, your conversations are usually only to ask information, check-in and out of hotels or buy something, although you can always meet new people to talk to. When traveling alone I talk to strangers much more than I do in SP, for example, and I guess that's an experience everyone should try, at least one in their lives.

São Luís do Paraitinga before the rain

From all these tragedies that happened in the beginning of this year, the one that shocked me the most was in São Luís do Paraitinga (SP). Not that is was the worst, but because I have visited this city twice in the last 3 or 4 years, the first time by myself, so I felt more "connected" to it than to the earthquake in Haiti or even the flood in Angra, although I have been to Ilha Grande once as well.
The fact was that I loved SLP the first time I went there, a "normal" weekend, without all the party from their traditional Carnival, just a place to relax and take nice pictures of the historic downtown, which, unfortunately doesn't exist anymore.


São Luís do Paraitinga during Carnival 2008

The church that doesn't exist anymore
The city in a "normal" weekend, about 3 years ago

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Comunicação - Luís Fernando Veríssimo

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, sabe comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
"Posso ajudá-lo, cavalheiro?"
"Pode. Eu quero um daqueles,daqueles..."
"Pois não?"
"Um... como é mesmo o nome?"
"Sim?"
"Pomba!Um ... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples,conhecidíssima."
"Sim,senhor."
"O senhor vai dar risada quando souber."
"Sim,senhor."
"Olha, é pontuda, certo?"
"O quê, cavalheiro?"
"Isso que eu quero.Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma especie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um... um... Uma espécie de... como é que se diz?De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que o,a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha.Entende?"
"Infelizmente,cavalheiro..."
"Ora você sabe do que estou falando."
"Estou me esforçando mas..."
"Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?"
"Se o senhor diz, cavalheiro."
"Como, eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero."
"Sim senhor. Pontudo numa ponta."
"Isso. Eu sabia que você compreenderia.Tem?"
"Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez. Quem sabe o senhor desenha para nós?"
"Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou uma negação em desenho."
"Sinto muito."
"Não precisa sentir.Sou técnico em contabilidade, estou muito bem de vida. Não sou um débil mental. Não sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me esqueci do nome desse raio. Mas fora isso, tudo bem. O desenho não me faz falta. Lido com números. Tenho algum problema com os números mais complicados,claro. O oito por exemplo. Tenho que fazer um rascunho antes. Mas não sou débil mental, como você está pensando."
"Eu não estou pensando nada, cavalheiro."
"Chame o gerente."
"Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que chegaremos a um acordo. Essa coisa, que o senhor quer, é feita do quê?"
"É de, sei lá. De metal."
"Muito bem. De metal. Ela se move?"
"Bem... É mais ou menos assim. Presta atenção nas minhas mãos. É assim, assim, dobra aqui e encaixa na ponta, assim."
"Tem mais uma peça? Já vem montado?"
"É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço."
"Francamente..."
"Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta aqui, vem vindo, vem vindo, outra e clique, encaixa."
"Ah, tem clique. É elétrico."
"Não" Clique, que digo, é o barulho de encaixar."
"Já sei."
"Ótimo."
"O senhor quer uma antena externa de televisão."
"Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo..."
"Tentemos por outro lado. Para que serve?"
"Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que prende. Você enfia a ponta pontuda por aqui, encaixa a ponta no sulco e prende as duas partes de uma coisa."
"Certo. Esse instrumento que o senhor procura funciona mais ou menos como um gigantesco alfinete de segurança e..."
"Mas é isso!É isso! Um alfinete de segurança!"
"Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, cavalheiro!"
"É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um... um... Como é mesmo o nome?"

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

First anniversary and 300 posts!


Happy anniversary to my blog! Today it's completing 1 year and 300 posts! Yes, I did it on purpose, to celebrate both events together :-)

In this first year, these are the numbers:


* 29 interviews
* 6.712 visits
* 5.059 visitors
* 16.551 pageviews

The most popular posts were:

* Vídeos gratuitos em inglês - 2.073 pageviews

*Jack Scholes interview - 489 pageviews

* Denilso de Lima interview - 415 pageviews

* William Chaves interview - 272 pageviews

* Como arrumar tempo para o Inglês - 183 pageviews

Hope you enjoyed reading my blog so far and keep on checking its updates! Write to me and give more suggestions to be posted.

Source: Google Analytics

Pearson Longman Mentor's Programme

How can we really help students become fluent? How do we encourage them to speak fluently while communicating effectively? What tools and techniques work best?
These are some of the issues that will be discussed at a 6-hour workshop with Jeremy Harmer on January 27th, in São Paulo.

Date: January 27, from 8h30 to 5h20 pm
Venue: Capcana Gastronomia e Eventos. Alameda Santos, 484 - Paraíso - São Paulo
Fee: The event fee is R$ 258,00, including Certificate of attendance signed by Jeremy Harmer, a free copy of The Practice of English Language Teaching, 4th edition, with DVD, lunch and two coffee breaks.
Click here to enroll.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Penguin Contest for English Teachers


Are you an English teacher with some artistic skills? Then, take part in the 2nd Reading Can Be More Than Simply Reading Contest, by Pearson Education. With the motto Great Readers Can Be Great Artists, the publishing house offers prizes for the best pieces of art based on any book from their catalogue.

To participate, you must be teaching and you must have read any of Penguin Readers. Then, you register yourself until March 5th, and submit your work until March 19th.

Poem - You should have come

Two chants taken from the book Implementing the Lexical Approach, to work with Past Modals:

You should have come

You’d love it.
You’d have loved it. You should have come.

You’d like him.
You’d have liked him. You should have come.

You’d enjoy it.
You’d have enjoyed it. You should have come.

You’d get a lot out of it.
You’d have got a lot out of it. You should have come.

Why don’t you come?
Why didn’t you come? You should have come.

Now, it’s too late.
You’ve missed your chance. You should have come.


Wrong again

I might’ve, but I didn’t.
Perhaps I could’ve, but I didn’t.
Perhaps I should’ve, but I didn’t.
Perhaps you would’ve, but I didn’t.
Perhaps I would’ve, if we could’ve, but I didn’t.
Somebody should’ve, you probably would’ve, but I didn’t.
I thought about it, but I didn’t do it.
Wrong again.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Site - How stuff works

Are you curious? Do you like to know how things work? Then, this site is for you:
http://www.howstuffworks.com/. Here you'll learn about almost everything, from animals to computers, from food to cars, from geography to health and many other things.
Check it out!

domingo, 10 de janeiro de 2010

De volta à vida normal




Como prometido, blog atualizado com fotos, mas não este aqui, e sim o http://vanessaprata.blogspot.com/, meu blog dedicado às viagens. Para vocês terem um gostinho do que foi a viagem, cliquem na foto acima ou no link do blog para mais algumas imagens. E para quem tiver tempo e disposição, vamos marcar um dia para ver as outras 400 fotos!


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Só uma rápida atualização

Estou em Porto Alegre (RS) e amanhã vou para Gramado. Volto sábado e prometo atualizar, com fotos e textos informativos. Passei o ano em Cambará do Sul, uma região com vários cânions, que ficam nos parques da Serra Geral e Aparados da Serra. Visual incrível! Aguardem fotos.