sábado, 30 de julho de 2011

Matéria Nosso Mascote



Confira minha matéria para o Guia Prático para Professores de Ed. Infantil (ed. agosto)

Nosso mascote

Professora de Atibaia (SP) trabalha Alfabetização, Matemática e valores como amizade e companheirismo a partir de um bichinho de pelúcia

Por Vanessa Prata

A professor Roberta Belo, da EMEIF Professor Francisco da Silveira Bueno, de Atibaia (SP), está desenvolvendo durante este ano o projeto Nosso Mascote, com sua turma de 4 anos. "O objetivo é levar à sala de aula um mascote para que sejam trabalhados com valores como cuidado com os outros, companheirismo e amizade, além de ter a participação da família no projeto", conta Roberta. Alfabetização, com o reconhecimento do próprio nome e do nome dos colegas, e conceitos matemáticos, como quantidade e noções de tempo, também estão entre os objetivos da ação. Acompanhe os principais passos do projeto:

O mascote chega à sala
No início do ano letivo, Roberta levou um sapinho de pelúcia para a sala, dentro de uma caixa, para atiçar a curiosidade dos alunos e para que eles primeiro tentassem descobrir o que havia lá dentro. "Escolhi o sapinho porque sou apaixonada por ele, mas a ideia é usar qualquer mascote que possa criar um vínculo com as crianças", diz a professora. Após mostrar o boneco, Roberta deixou que todos os alunos o tocassem para sentir a textura, e explicou que ele seria o mascote da turma, apresentando ainda algumas regrinhas de convivência com ele e dizendo que, durante o ano, cada aluno poderia levar o bichinho para casa durante um fim de semana.

Sapolino
O próximo passo foi fazer uma votação para escolher o nome do mascote, e o vencedor foi Sapolino! "A partir daí, começamos a trabalhar a identificação das letras iniciais e finais tanto do nome do sapinho como dos nomes dos alunos", conta Roberta. Aos poucos, a professora introduziu as letras intermediárias, para que as crianças pudessem diferenciar "sapo" de "saco", por exemplo, por meio do seguinte trava-língua:

Olha o sapo dentro do saco.
O saco com um sapo dentro.
O sapo pulou do saco.
O saco ficou sem sapo.

Alfabetização e Matemática
Além de trabalhar o nome do Sapolino, Roberta trabalhou os nomes de cada criança, para que eles diferenciassem Gabriela de Giovana, por exemplo. "No início do ano, a maioria dos alunos não conseguia identificar e escrever o próprio nome, hoje o 'ajudante' do dia já pode até entregar as agendas de todas as crianças, identificando o nome de cada uma na capa", conta a professora. Alfabetização e Matemática foram abordadas de forma interdisciplinar em um cartaz com o nome de todas as crianças, em ordem alfabética, que indicava a sequência em que o mascote iria para a casa de cada aluno. Roberta trabalhou com as crianças alguns pontos, como: quantos alunos faltam para chegar sua vez de levar o mascote para casa, quantos alunos já levaram, quantos faltam para levar, que dia da semana estamos, quantos e quais dias faltam para chegar sexta-feira (dia de levar o mascote), quais dias da semana o mascote ficará em sua casa etc. Os eixos Natureza, Sociedade e Matemática foram trabalhados também durante a leitura do livro Eram Dez Girinos (Ed. Ciranda Cultural), em que a professora explorou o contexto da capa e depois solicitou que as crianças localizassem a palavra girino e contassem quantos girinos apareciam nas páginas. "O próximo passo será trabalhar justamente a transformação deles em sapos, ampliando o conhecimento das crianças sobre a natureza também", conta Roberta.

Bom comportamento
Além dos conteúdos de Alfabetizção e Matemática, a professora também trabalhou regrinhas de bom comportamento, com a visita do pai do Sapolino, o Sr. Sapoleto (outro bichinho de pelúcia), que foi conferir se a turminha se comportava bem, e valores como responsabilidade, amizade e companheirismo. "Os alunos entenderam que precisavam cuidar bem do mascote e trazê-lo no dia combinado, para que outra criança também pudesse levar o Sapolino para casa", afirma Roberta. "E o mais curioso está sendo a mudança que o mascote provoca nas crianças, uma mãe contou que o filho até se alimentou melhor quando o bichinho estava na casa deles".

Tudo registrado
Todas as atividades estão sendo registradas com fotos e textos. Durante o fim de semana em que o mascote fica na casa de cada aluno, por exemplo, os pais devem fazer um relato da visita por escrito. Na segunda-feira, na roda de conversa, a professora lê para a turma o relato feito, e o próprio aluno conta como foi a visita do sapinho. Ao final do ano, a ideia é fazer uma exposição de fotos na escola e um livrinho com o tema Aventuras de Sapolino, para cada criança levar de recordação. "Estou tendo um envolvimento muito bom tanto dos alunos como dos pais e todo o apoio da diretora da escola. Tenho certeza de que ao final do ano os resultados serão ainda mais surpreendentes!", finaliza Roberta.

domingo, 24 de julho de 2011

Matéria - Aprendendo com os personagens do Sítio



Matéria para o Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I.

Aprendendo com os personagens do Sítio

Professora de Belo Horizonte (MG) desperta nas crianças a curiosidade pelos livros e o prazer em ler

Por Vanessa Prata

Com o projeto Contando Histórias do Sítio, a professora Elaine Lima Silva, do Colégio Cenecista Domiciano Vieira, em Belo Horizonte (MG), procurou resgatar a fantasia por meio da leitura e da escrita, despertar a curiosidade pelos livros e aproximar as crianças do mundo literário, de uma maneira lúdica, levando até elas os personagens do Sítio do Picapau Amarelo, da obra de Monteiro Lobato. Tudo começou com uma exposição dos livros do autor na biblioteca na escola e com a apresentação dos personagens utilizando o programa Power Point. À medida que os personagens eram mostrados, a professora pedia para os alunos identificarem quem era e descrevê-los. “Quando percebi o brilho nos olhos dos alunos e o grande interesse deles, decidi desenvolver um projeto maior envolvendo as histórias do Sítio do Picapau Amarelo”, conta Elaine.

Visita de Emília

Várias atividades foram desenvolvidas, e a professora até se vestiu de Emília para contar uma história para as crianças. “O entusiasmo não foi apenas dos alunos, mas outras turmas queriam assistir também. Foi um dia especial!”, diz a professora.

A “Emília” levou uma mala cheia de bugigangas, com fantasias, fantoches e uma boneca Emília, que cada aluno levava para casa e cuidava durante três dias, além de responder, com ajuda da família, questões sobre o tema desenvolvido.

Os livros de Monteiro Lobato ficaram no Cantinho de Leitura da sala, e a professora e a bibliotecária da escola promoviam a hora do conto, momentos de leituras de revistinhas de Emília, cruzadinhas, reconto das histórias, trabalho com vários gêneros textuais, confecção dos personagens, entre outras atividades. Houve ainda um intercâmbio com outras turmas, em que os alunos levaram a mala com os fantoches, dedoches, perucas etc. e contaram para os colegas trechos de histórias do Sítio.

“Esse projeto fez com que os alunos ficassem mais interessados na leitura, além de sempre relembrarem quando a ‘Emília’ veio na escola”, completa Elaine. Foi feito também um registro das atividades com relatórios, fotos, ficha de avaliação da família e a construção do “Caderno Literário da Família”. Na primeira folha, explicava-se o projeto, na segunda folha o aluno descrevia como foi a visita da boneca em sua casa, na terceira, o aluno colocava uma foto ou ilustração dele com a boneca, entre outros registros. Confira algumas atividades artísticas que foram desenvolvidas no site.

Entrevista - Cláudia Cotes


Matéria do Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I:

Pode falar!

Identificar e tratar precocemente distúrbios de fala dos alunos é fundamental para aumentar a autoestima das crianças e evitar problemas mais sérios

Por Vanessa Prata

Cláudia Cotes é doutora em Linguística, mestre em Fonoaudiologia e autora de mais de dez livros infantis na área da inclusão da criança com deficiência. É ainda Presidente da ONG Vez da Voz, que busca a inclusão de pessoas com deficiência, e criadora do Telelibras, o primeiro telejornal inclusivo da Internet brasileira. Em 2009, foi finalista do Prêmio Empreendedor Social. Veja na entrevista a seguir as sugestões de Cláudia para identificar e tratar problemas de fala dos alunos.
Como os professores podem identificar problemas de fala nas crianças e como ajudá-las?
Cláudia —
Os problemas de fala são facilmente identificados, basta ouvirmos um som diferente do que há na língua portuguesa. Até 3 ou 4 anos, a criança está formando a fala, então é comum haver algumas trocas de sons, mas depois disso já é hora de procurar um profissional. Os professores também podem e devem obter assessorias com fonoaudiólogos. Devem sempre falar de frente para os alunos, articular bem as palavras, contar histórias, músicas e promover desafios com os sons da língua, como os exercícios de travalíngua. Caso a criança tenha dificuldade frequente na fala, a indicação é uma avaliação fonoaudiológica.

Quais os problemas de fala mais recorrentes nas crianças?
Cláudia —
Um dos problemas mais frequentes é a criança que troca letras ou que omite alguns sons, como pato no lugar de prato. Outro problema é a disfonia, ou rouquidão, em crianças que gritam muito no recreio ou em atividades esportivas e apresentam falhas na voz ou rouquidão contínua. Depois de 15 dias de rouquidão, certamente haverá um problema nas pregas vocais. É indicado procurar um otorrino e fazer um exame que se chama laringoscopia. Em ambos os casos, a indicação é tratamento ou orientação com fonoaudiólogo.

Como orientar os pais e como identificar os problemas que precisam de tratamento e os que são apenas “uma fase” do desenvolvimento da criança?
Cláudia —
Os pais precisam olhar nos olhos das crianças e conversar, cantar, perguntar as opiniões delas sobre diferentes assuntos, para estimular a linguagem. Em frente da TV ou do computador, a criança tem uma postura passiva e pouco se desenvolve. Na minha opinião, o melhor lugar para desenvolver a linguagem infantil é na escola. Havendo qualquer dúvida quanto à fala da criança, é bom procurar um fonoaudiólogo, pois somente esse profissional será capaz de avaliar se é algo passageiro ou se há necessidade de uma orientação mais específica para pais e professores.

Como proteger do bullying crianças que apresentam gagueira, voz fanhosa ou outra disfunção na fala?
Cláudia —
Tudo o que é diferente causa estranhamento, tanto nas crianças quanto nos adultos, mas devemos ensinar que é justamente na diversidade que somos melhores, porque nos completamos. Qualquer alteração na fala deve ser vista com atenção e acompanhamento, e lidar abertamente com o problema é a melhor saída para os conflitos. Professores e pais são responsáveis pela construção da autoestima da criança, e elogios e afetividade são as chaves para uma educação de sucesso.

Confira a entrevista completa no site.


Dica esperta!
Conheça o Telelibras, primeiro telejornal inclusivo da internet brasileira, no site www.vezdavoz.com.br

Confira minha matéria sobre "pertencimento"

Matéria do Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I:

Eu cuido do que é nosso !
Regate a história do bairro e das coisas que cercam os alunos para trabalhar conceitos de pertencimento e valorização do espaço

Por Vanessa Prata

Quando sabemos a origem das coisas que nos cercam, elas ganham novo significado e maior importância. Saber a origem de uma música, por exemplo, nos faz ouvila com mais atenção, saber o período histórico de uma obra de arte nos faz admirá-la com outros olhos e conhecer a história do nosso bairro faz com que desejemos cuidar melhor dele. “O conceito de pertencimento traz o que consideramos essencial a ser trabalhado no Ensino Fundamental I: a leitura de mundo. Ler o mundo em uma esfera maior que o que está ao alcance dos olhos exercita não só questões de leitura, escrita e reflexão, mas consolida a cidadania, além de trabalhar noções de tempo e espaço”, comenta Selma Braga de Melo, psicopedagoga e diretora do Colégio Savioli, em São Paulo (SP).

Abordar a história das “coisas” que cercam os alunos e o conceito de pertencimento também é uma forma de aproximálos de temas mais amplos, como História do Brasil e do mundo, e de estimular a curiosidade e a descoberta do conhecimento. “Quando a criança conhece a origem das coisas, ela tende a ficar mais motivada e estimulada a aprender. Só conseguimos transmitir o valor de algo quando isso é passado de uma maneira em que o aluno possa interagir, trazer sua própria experiência para a sala, tornando a aprendizagem mais contagiante e atrativa”, afirma a psicopedagoga clínica Fabíola Rodrigues. E como trabalhar esses conceitos? Diversas atividades podem ser realizadas, como as que mostramos no site.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

I was interviewed by the BlueTeach Pro's Blog

Check the interview I gave by email to BlueTeach Pro's Blog, a service that allows teachers to set up their own online school with a virtual classroom to give live classes: http://www.blueteachpro.com/blog/2011/07/04/insights-from-vanessa-prata-about-blogging-as-a-teacher

domingo, 3 de julho de 2011

Cursos online gratuitos

A FGV oferece diversos cursos online gratuitos, inclusive o tema "Sustentabilidade, um valor para a nova geração: orientações para o professor de ensino fundamental"
Confira no site: http://www5.fgv.br/fgvonline/CursosGratuitos.aspx