quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Baixa proficiência de inglês no Brasil

Artigo do Estado de São Paulo, 17/11/12

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,baixa-proficiencia-de-ingles-no-brasil-expoe-deficiencias-no-sistema-de-ensino,961579,0.htm

Baixa proficiência de inglês no Brasil expõe deficiências no sistema de ensino


Mesmo com uma grade curricular que contempla ao menos oito anos de aulas do idioma, o País ficou em 46º lugar em um ranking de desempenho que levou em conta 54 países onde a língua não é nativa

Lourival Sant’Anna, de O Estado de S.Paulo

“Do you speak English?” Disfarçado de turista estrangeiro, o repórter do Estado fez essa pergunta a 110 pessoas que passavam pela esquina da Avenida Paulista com a Rua Haddock Lobo. Dessas, 22 responderam que sim, e conseguiram explicar em inglês, com diversos graus de fluência, como chegar ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), a 500 metros dali. Uma em cada cinco.

Isso, num dos pontos do País por onde transita mais riqueza e, com ela, a maior proporção de profissionais liberais e empregados de grandes empresas.

Todos os 88 que responderam “não” aparentavam ter concluído ao menos o ensino médio e, portanto, ter passado no mínimo oito anos tendo duas aulas de inglês por semana. “No, sorry”, desculparam-se alguns, antes de emudecer.

Dois policiais militares - cuja corporação exige o ensino médio - ficaram olhando, até que um deles balbuciou: “no stand”, querendo talvez dizer “we don’t understand” (não entendemos). Os que falavam fizeram cursos particulares de inglês e até mesmo intercâmbio nos Estados Unidos e na Inglaterra, e em geral usam o idioma no dia a dia.

A Paulista é um oásis cosmopolita em um deserto monoglota. A Education First (EF), rede mundial de intercâmbio, aplicou, entre 2009 e 2011, exames em 1,67 milhão de adultos interessados em aperfeiçoar seu inglês, em 54 países onde o idioma não é nativo. O Brasil ficou em 46.º lugar, atrás de países como Argentina, Uruguai, Irã, Peru, China, Venezuela e Síria. A nota média obtida pelos brasileiros, 46,86, colocou o País no pior nível, o de “proficiência muito baixa”.

De acordo com o relatório da pesquisa, quanto melhor a posição do país no ranking, maior a renda e o valor de suas exportações per capita, maiores os gastos com pesquisa e desenvolvimento, mais usuários de internet por 100 habitantes, mais alto o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), maiores o gasto público com educação e o nível de escolaridade da população. O estudo indica que o conhecimento de inglês está para a economia assim como a infraestrutura.

Luciano Timm, diretor de Marketing da EF no Brasil, observa que grande parte dos trabalhos que resultam no Prêmio Nobel é feita em colaboração. “O cientista só pode colaborar se falar inglês.” Esse é também o idioma dos negócios e das relações internacionais, adotado, por exemplo, na União Europeia, apesar de o francês ser a língua nativa do maior número de países membros, a começar pela sua sede, a Bélgica. Timm cita o filósofo austríaco naturalizado britânico Ludwig Wittgenstein: “Os limites da linguagem significam os limites do meu mundo.”

O repórter esteve em 35 dos 54 países. Neles, escolas de idiomas não são tão comuns como no Brasil. Quem fala inglês em geral aprendeu no ensino regular.

Ensino
Para o sociólogo Simon Schwartzman, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), a baixa colocação do Brasil no ranking é compatível com outras comparações internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que testa a compreensão de leitura, matemática e ciências. No último exame, divulgado em 2009, o Brasil ficou em 57.º, de um total de 74 países. Há um problema geral de qualidade de ensino.

Dos cerca de 2 milhões de professores do nível fundamental e médio do Brasil, 182 mil ensinam inglês (134 mil na rede pública e 48 mil na particular), segundo o Ministério da Educação. Com duas aulas por semana ao longo de oito anos, “daria para ensinar muita coisa”, atesta Vinícius Nobre, presidente do Braz-Tesol, que reúne 2 mil professores da língua. Inglês parece ser uma disciplina de segunda classe. “O inglês entrou no currículo como algo obrigatório, cuja necessidade não era comprovada”, analisa Nobre. “É sempre a aula de inglês que é cancelada quando tem reunião de pais ou festa junina.”

Kelvin Oliveira, de 17 anos, conta que só começou a estudar inglês na 7.ª série, embora o ensino da língua seja obrigatório a partir da 5.ª. “Na 6.ª série, a professora entrou de licença e não tive nenhuma aula”, diz o jovem, que na época estudava em uma escola municipal no Jardim Rodolfo Pirani, no extremo leste de São Paulo. “Na 5.ª, não lembro de ter tido inglês.”

Hoje aluno do 3.º ano em uma escola estadual, Kelvin é aficionado pela língua: “Eu sempre quis ver a neve.” No ano passado, prestou a seleção para o programa Jovens Embaixadores, do governo americano, que envia estudantes para os Estados Unidos, mas não passou. Em dezembro, graças a sua intimidade com computadores, conseguiu estágio na rede Acessa São Paulo e, com o salário de R$ 390, passou a pagar escola de inglês. Além disso, ingressou no Curso de Inglês Online da Secretaria Estadual de Educação. Resultado: passou em nova seleção dos Jovens Embaixadores e vai ficar três semanas nos EUA em janeiro, começando por Washington. Onde verá muita neve.


domingo, 11 de novembro de 2012

Blog da Disal - Vídeos para todos os gostos

Fonte: http://blogdadisal.blogspot.com.br/2012/11/videos-para-todos-os-gostos.html

Vídeos para todos os gostos

Por Vanessa Prata*

Quem já acompanha meu trabalho pelo Blog da Disal ou pelo meu blog sabe que gosto muito de utilizar vídeos nas aulas de Inglês, tendo já inclusive escrito outros artigos sobre o tema. Utilizar vídeos em sala contribui para apresentar o “real English” para os alunos, traz diversidade às aulas, costuma motivar os estudantes e, para o professor, pode ser uma fonte inesgotável de ideias para trabalhar as quatro habilidades e as múltiplas inteligências.
Mas como na correria do dia a dia nem sempre temos tempo de assistir a novos filmes o tempo todo e muito menos preparar atividades com eles, uma sugestão é o livro Atividades de Vídeo para o Ensino de Inglês, de Louise Emma Potter e Ligia Lederman (Disal Editora, R$ 26). O livro traz 30 atividades fotocopiáveis, com trailers disponíveis no YouTube e trechos de filmes facilmente encontrados em DVD, incluindo títulos como Avatar, Madagascar, Procurando Nemo, Uma Linda Mulher, Harry Potter e a Pedra Filosofal, O Diabo Veste Prada, entre outros, além, é claro, do seriado Friends, que não costuma faltar na videoteca da maioria dos professores de Inglês.
Na primeira parte do livro, as atividades com trailers são propostas para ter duração média de 20 minutos e, na segunda parte, com trechos dos filmes, para durar uma aula inteira de 50 minutos. Todas as sugestões incluem atividades de “Before viewing”, “Viewing” e “After viewing”. A parte final é dedicada às sinopses e fichas técnicas dos vídeos apresentados, além de “teaching tips” e as respostas dos exercícios.
Um ponto que poderia ser melhorado para facilitar ainda mais o trabalho do professor é o uso de “encurtadores de URLS” na primeira parte, em que são apresentados os endereços dos trailers no YouTube. Usando o site http://migre.me, por exemplo, o endereço http://www.youtube.com/watch?v=GrqpKEOF8uw&feature=related, difícil de digitar, se tornaria http://migre.me/bzqVa, e o endereço http://www.youtube.com/watch?v=ARFH4aXYFFM viraria http://migre.me/bzr9P. Para utilizar o encurtador citado, basta acessar o site, colar o endereço original e clicar em “migre”.  Mas, no geral, o livro é uma ótima sugestão para diversificar as aulas e oferecer mais recursos aos professores.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Os 5 maiores erros de estudantes de Inglês


Sent by Eliane Carvalho

Source: http://molhoingles.com/2012/10/04/5-maiores-errors-estudantes-ingles/

Quais são os maiores enganos cometidos por quem está aprendendo Inglês? Quais os erros mais comuns que precisamos corrigir para aprender Inglês mais depressa?

Foca na Gramática
Conheça os 5 maiores error cometidos por estudantes de Inglês:
  1. Foco na gramática

    Este é o maior erro, o mais comum, e o pior. Um estudo focado na gramática, de fato, diminui a habilidade de falar Inglês do estudante. Por quê? Porque a gramática em Inglês é complexa demais para ser memorizada e usada logicamente.
    Uma conversa no mundo real é muito rápida, e você não tem tempo suficiente para pensar e se lembrar das centenas ou milhares de regras gramaticais o Inglês antes de escolher o termo correto para de usá-lo.
    O lado esquerdo do cérebro não é capaz de dominar a gramática da língua Inglesa sozinho. Gramática se aprende intuitivamente e inconscientemente, como uma criança.
    Isso você faz ouvindo o máximo de Inglês gramaticalmente correto possível, para que seu cérebro aprenda gradualmente a usar a gramática em Inglês de maneira correta.

  2. Ler somente livros didáticos

    Infelizmente, a maioria dos estudantes de Inglês aprendem apenas com livros didáticos nas escolas. O problema é que os nativos não usam esse tipo de Inglês na maioria das situações.
    Ao falar com amigos, familiares ou colegas de trabalho, os nativos usam um Inglês bem casual, cheio de expressões idiomáticas e gírias. Para se comunicar com um Inglês, você não pode confiar apenas no que você aprende na escola: Você precisa aprender a linguagem coloquial se quiser falar Inglês de verdade.

  3. Tentar ser perfeito

  4. Alunos e professores de Inglês muitas vezes se concentram nos erros: Eles se preocupam com erros, corrigem erros, ficam nervosos com erros. Eles tentam falar perfeitamente o tempo todo. No entanto, ninguém é perfeito. Ingleses nativos falam errado o tempo todo. Você também vai falar errado algumas vezes.
    Ao invés de se concentrar no na parte negativa, se concentre na comunicação: Seu objetivo não é falar perfeitamente. Seu objetivo é comunicar idéias, informações e sentimentos de uma forma clara e compreensível. Se concentre na comunicação, no positivo. Você vai corrigir seus erros com o tempo.
  5. Papo Forçado:

    Tanto professores quanto estudantes de Inglês tentam forçar diálogos antes que o aluno esteja pronto para se expressar em Inglês – O resultado é que a maioria dos alunos acabam falando muito lentamente, sem confiança e sem fluência.
    Forçar a fala é um grande erro. Não se obrigue a falar Inglês antes do tempo. Se concentre em ouvir, pensar e ser paciente. Fale apenas quando estiver pronto, o que acontece naturalmente com a familiariade com a língua.

  6. Embora estes erros sejam muito comuns, a boa notícia é que você pode corrigí-los. Quando você parar de cometer estes erros e mudar sua maneira de aprender Inglês, você aprenderá mais rápido, sua fala melhora e você passará a gostar de aprender Inglês.
  7. Confiar em escolas de inglês

    A maioria dos estudantes de Inglês dependem somente daquilo que aprendem na escola. Eles acham que o professor e a escola de Inglês são responsáveis ​​pelo seu sucesso, o que nunca é verdade.
    Você, estudante de Inglês, é sempre o responsável. Um bom professor pode ajudar, mas no fundo, você é a única pessoa em controle de seu próprio aprendizado.
    Você precisa encontrar as aulas e materiais que são mais eficazes para você. Você precisa ouvir e ler Inglês todos os dias. Você precisa controlar suas emoções e se manter motivado no aprendizado. Você deve ser positivo e otimista. Nenhum professor pode fazer você aprender Inglês. Só você pode fazer isso!