terça-feira, 24 de abril de 2012

Matéria - É difícil perder inglês na escola

É difícil aprender inglês na escola

Número de alunos por sala, método de ensino ineficiente e professores sem fluência no idioma dificultam o aprendizado

Fonte: Gazeta do Povo (PR)

Disciplina obrigatória a partir do 6.º ano do ensino fundamental, o “inglês de colégio” – como é pejorativamente chamado o ensino da língua inglesa nas Escolas regulares – virou sinônimo de conhecimento superficial e insuficiente para se comunicar. Para especialistas, o ensino de língua estrangeira ainda é desvalorizado nas discussões sobre Educação, as condições de trabalho dos profissionais são precárias e os métodos de ensino são meramente burocráticos.
O problema é mais evidente na rede pública, mas um grande número de instituições privadas segue os mesmos padrões, tornando quase obrigatória a matrícula de crianças e adolescentes em cursos de idiomas no contraturno para que dominem uma segunda língua.

Aposta fora do ensino regular
A engenheira ambiental Ana Paula Tebaldi, 28 anos, estudou em colégio público e sentiu a necessidade de fazer um curso particular de inglês antes de entrar na faculdade. Ciente da importância do idioma e sem acreditar que o ensino regular daria conta de fazer com que o filho aprendesse inglês, ela já matriculou Artur, 6 anos, em uma Escola privada de inglês. “Quando a instituição trata exclusivamente do ensino de línguas, o aprendizado é melhor”, considera.Capacitação

Faculdade de Letras não é suficiente para formar bons professores
Embora uma boa estrutura e um sistema de ensino eficaz sejam essenciais para a aprendizagem, a qualidade da aula depende em grande parte da formação do professor. De acordo com o professor Luiz Fernando Schibelbain, para ensinar alguém a falar inglês não basta ter apenas faculdade de Letras. “Quando eu era aluno aprendi teorias sobre a língua, mas não a dar aula de forma comunicativa”, conta. Para ele, as universidades deviam se preocupar em capacitar os acadêmicos a ensinar idiomas de modo menos burocrático.
A fraca capacitação dos professores é confirmada por Marila Hanech, coordenadora do curso de inglês do Centro Europeu. Ela relata que recebe frequentemente na instituição professores de língua estrangeira da rede pública que se matriculam no nível básico, com um conhecimento do idioma muito abaixo do esperado para um profissional da área.

Certificados
Para a professora Claudia Motti Bach, os certificados de proficiência emitidos por instituições internacionais, como os das universidades de Cambridge e Michigan, são os melhores atestados de domínio do idioma e têm grande relevância para profissionais que buscam uma colocação nos melhores centros de línguas. (JDL)Defasagem

Comparação com cursos de idiomas realça deficiência
A professora e doutora Clarissa Jordão, do curso de Letras da UFPR, reconhece os problemas do ensino de inglês em Escolas regulares, mas ressalva que a situação é semelhante em outras disciplinas, embora não existam muitas referências de comparação.
“Há vários alunos da rede pública tendo aulas de método Kumon porque não aprendem bem Matemática, mas não se crucifica o professor dessa matéria, só o de Inglês”, diz. Para Clarissa, é a visibilidade dos cursos de idiomas que acaba colocando em evidência a deficiência do ensino de língua estrangeira nas Escolas.
Segundo a professora, a Escola como um todo não modernizou seus métodos, o que faz o conteúdo parecer irrelevante para os alunos. “Hoje, os jovens aprendem muito de inglês nos games e na internet, por exemplo, e isso não é explorado em sala de aula”, lamenta.
No início do mês, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, disse que interessados em participar do programa Ciência Sem-Fronteiras, que concede bolsas de estudo no exterior a estudantes de nível superior, devem agilizar o aprendizado do inglês para facilitar o ingresso nas universidades internacionais. A cobrança contrasta com as condições oferecidas pelo próprio Estado.

Número de alunos
“Quando se pretende ensinar um aluno a se comunicar, você pratica fala, compreensão, leitura e escrita. Isso se faz em duplas ou grupos pequenos. Em uma turma de 40 alunos é inviável”, diz o professor Luiz Fernando Schibelbain, diretor do Centro de Línguas Positivo. Segundo o professor norte-americano Philip Michael Young, diretor da rede de cursos de idiomas Phil Young’s, o ensino de língua estrangeira não segue a mesma lógica de outras disciplinas. “Em turmas com tantos alunos é até possível obter bons resultados em História ou Ciências, mas a aprendizagem de uma segundo idioma requer muita interação”, diz.
Segundo Schibelbain, o excesso de alunos induz muitos professores a escolherem métodos com os quais se sintam mais seguros para controlar a turma. Assim, por temer que as conversações levem à indisciplina, o ensino de gramática é priorizado.
A estudante Carla Carolina Freitas, 13 anos, aluna do 9.º ano do ensino fundamental em uma Escola da rede pública, reclama da falta de atividades mais próximas do cotidiano. “No colégio, nós só fazemos tradução de textos”, conta a garota, que há um mês passou a frequentar a Escola de inglês Wise Up, fora do período Escolar.
Horas de aula
A necessidade de interação constante também esbarra na reduzida carga horária de língua estrangeira nas Escolas regulares. No Paraná, os professores da disciplina têm somente 80 horas por ano com os estudantes. “Em geral, são apenas duas aulas por semana e muitos professores não usam o inglês em tempo integral com a turma, o que torna muito superficial o contato com o idioma”, afirma a professora Claudia Motti Bach, do curso de Letras na FAE Centro Universitário.
Por sentir a necessidade de contato mais intenso com o idioma, a técnica bancária Michele Ernst Stumm, 30 anos, que estudou em Escola pública, fez durante três anos um curso de inglês particular e afirma que a experiência fez diferença para encontrar um bom emprego. Ela lembra que a baixa qualidade do ensino de inglês nas Escolas gera desigualdade. “Sai caro e quem não tem condições de investir acaba saindo em desvantagem no mercado de trabalho”, diz.

Outras realidades
Necessidade de saber outra língua influencia o ensino no exterior
A capacitação dos professores e as condições de aprendizagem em países desenvolvidos são superiores às oferecidas no Brasil, mas, para os especialistas entrevistados, é a necessidade de falar uma segunda língua que aprimora o domínio de idiomas de uma população.
Segundo o diretor da Câmara de Indústria e Comércio Brasil–Alemanha, Andreas Hoffrichter, as crianças alemãs aprendem inglês na Escola desde os oito anos de idade, com uma carga horária que varia de três a quatro horas por semana. Francês, italiano e espanhol também estão entre as opções nas Escolas germânicas. Desde 1974, os países membros da União Europeia mantêm um acordo de ensino obrigatório de duas ou três línguas nas Escolas públicas.
Em uma região do Canadá em que o inglês é a língua dominante, a professora Clarissa Jordão, do curso de Letras da UFPR, observou Escolas em comunidades indígenas onde o francês era ensinado em turmas que tinham até 15 alunos. Um cenário bem diferente do encontrado em Escolas públicas no Brasil, onde as turmas chegam a ter 40 estudantes.
Nos Estados Unidos, apesar da boa estrutura, a fluência em um segundo idioma parece não ser buscada com tanta intensidade. O professor norte-americano Philip Young afirma que todo aluno estuda uma língua estrangeira durante a vida Escolar, mas quase ninguém a fala. “Fiz um curso universitário de Português antes de ir para o Brasil e, quando cheguei, percebi que não sabia patavinas”, conta, por e-mail.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Blog da Disal - Ensinando Inglês com textos de jornais e revistas

Confiram meu novo texto no Blog da Disal.

Ensinando Inglês com textos autênticos de jornais e revistas!


Por Vanessa Prata*

Em setembro de 2011, publiquei o artigo Using News in the Classroom, na primeira versão online da revista New Routes. Reproduzo parcialmente aqui algumas atividades sugeridas para usar textos autênticos de jornais e revistas em sala de aula. Para acessar o texto completo, em inglês, clique em:http://www.disal.com.br/newr/nr45/nrlogin.asp?anterior=nr45&A1=215374173105625&A2=C.


Usar textos de jornais e revistas em sala de aula é uma maneira de fornecer material de leitura autêntico e ajudar os alunos a observar colocações, novo vocabulário e até mesmo estruturas gramaticais dentro de um contexto real. É também uma maneira de estimular o debate, selecionando artigos que possam despertar interesse dos alunos, seja porque os tópicos estão diretamente relacionados à nossa realidade ou por causa de um problema global que está sendo discutido em todos os lugares. Outro ponto é que, usando notícias de uma variedade de fontes, como revistas e jornais de diferentes países, o professor pode ampliar o conhecimento dos alunos sobre estilo, registro e gêneros de texto e até mesmo como os outros países "veem" o Brasil.

Embora seja mais comum usar textos "reais" em estágios mais avançados, mesmo níveis mais básicos podem se beneficiar de material autêntico. É tarefa do professor selecionar textos adequados e preparar atividades para cada nível, sem adaptar o texto em si.

Confira algumas sugestões para utilizar textos de jornais e revistas em sala de aula:

-Atividade de fluência: a maneira mais simples (para o professor) para trabalhar com textos jornalísticos é apenas levar para a sala de aula uma série de revistas em inglês ou textos impressos de versões online de jornais e revistas e permitir que os alunos escolham o que gostariam de ler. Depois de selecionar um texto, os alunos leem e resumem oralmente em cerca de 2 minutos para a classe.

-Debate: selecione um texto específico, de preferência sobre um tema polêmico (ou talvez dois textos, se encontrar dois artigos sobre o mesmo tema, tais como um a favor de e outro contra determinado tema) e os alunos leem em sala. Em grupos, eles preparam uma lista de argumentos a favor e contra o tópico e o professor (ou um dos alunos) modera a discussão.

-Atividades lexicais: selecione um texto com antecedência e, na aula, ajude os alunos a observar as colocações comuns, preposições que seguem certos verbos e outros itens lexicais. Estimule os alunos a tomar notas dessas informações e organizá-las de forma que lhes permita facilmente recuperá-las. Outra atividade é o famoso “fill in the blanks”, em que você seleciona itens específicos para serem eliminados do texto e os alunos devem preenchê-lo, como as preposições corretas ou as colocações mais comuns.

-Atividades de gramática: você pode pedir aos alunos para encontrar exemplos de um tempo verbal específico em textos autênticos e sublinhá-los, tais como “passive voice” ou “present perfect”. Após identificar os tempos verbais, os alunos discutem em pares porque esses tempos verbais foram usados e podem escrever um texto semelhante usando esses tempos verbais.

-Organização do texto: uma sugestão para aumentar a conscientização dos alunos sobre a organização do texto, a coerência e a coesão é cortar os parágrafos em tiras separadas e pedir que os alunos coloquem em ordem. Depois de verificar com os colegas, eles comparam com o texto original. Você pode também pedir aos alunos para identificar e sublinhar “linking words” ou preencher os espaços em branco com os “discourse markes” adequados.

-Skimming e scanning: para melhorar habilidades de leitura, você pode preparar atividades para estimular o skimming e scanning, tais como questionários sobre o texto ou jogos. Um exemplo de um jogo para scanning: separe a classe em duas equipes e divida a lousa ao meio. Todos os alunos têm o mesmo texto. Faça perguntas sobre o texto que requerem encontrar informações específicas, tais como datas, nomes, lugares etc. Um aluno de cada grupo tem que escrever a resposta na lousa e o primeiro grupo a terminar ganha um ponto.

Claro que todas as atividades sugeridas aqui também poderiam ser feitas com os textos dos coursebooks, e alguns desses textos se adaptam perfeitamente ao conteúdo que estamos ensinando. No entanto, usando textos autênticos de revistas e jornais, podemos estimular os alunos a ler e discutir sobre os temas "reais" e atualizados, que podem interessá-los mais e passar um sentimento de “realização”, pois sabem que o que estão lendo não é um texto adaptado. Além disso, podemos ter certeza de que estamos ensinando o idioma "real", que está sendo usado por nativos de língua inglesa, e podemos fornecer os alunos uma variedade de estilos e "Englishes", selecionando textos de países e de fontes diferentes.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

10 Amazing Translation Tools of Tomorrow

Sent by Emma Taylor

Source: http://www.accreditedonlinecolleges.com/blog/2012/10-amazing-translation-tools-of-tomorrow

10 Amazing Translation Tools of Tomorrow

The world is becoming increasingly connected as businesses grow globally and people can come together around the world through the power of the Internet. But all this growth doesn’t necessarily mean we all understand each other; there are still major language barriers to overcome. Fortunately, the field of language translation is experiencing rapid growth as well, with developers exploring and creating new ways to help people understand each other, no matter the language. Here, we’ll take a look at some of the most incredible translation tools of today, and how they might grow tomorrow.

Humans
That’s right; one of the most amazing translation tools of tomorrow is real, live people. Although machine translation is incredibly useful and cost-effective for large scale translation projects, human translators are still essential for final preparation and revision of sophisticated texts.

Linguee
This tool combines both an editorial dictionary and search engine, allowing users to look through a reliable editorial dictionary with translations, as well as see example sentences from other sources, showing how expressions are translated into context. This tool is an interesting example of what can be done with human translation when combined with effective technology. Linguee will continue to grow in the future, adding languages like Chinese and Japanese for even more translation power.

Open translation tools
The future of translation is open source, and there are already many open translation tools available today. Computer aided translation tools, machine translation platforms, and even open translation communities bring the world together to make translation easier and open to everyone. We can expect to see a lot of growth in this field as more projects come together to create open translation tools.

Statistical learning tools for context
Using statistical data, translation tools will soon be able to use contextual information to determine the best understanding of words to translate. With this ability, experts believe we will be able to show translated spoken word nearly in real time for speeches, lectures, and more. This can be displayed on viewing screens, or, even more amazingly, through goggles that would overlay the words as the viewer looks at the speaker.

Google Translate
Although it’s currently in use today, Google Translate is an amazing tool using tomorrow’s translation technology. By looking for patterns in documents that have already been translated by human translators, Google Translate makes intelligent guesses for appropriate translations. Although not all translations are perfect, this tool is constantly evolving and growing as it learns more from human-translated documents.

Vocre
This startup has introduced a new translation tool that offers audio translations within video calls. The tool has a FaceTime-like video interface, and allows instant translation communication, as well as reflection of body language and tone. Vocre CEO Andrew Lauder says the tool is "the beginning of a new communication revolution by enabling anyone to carry an interpreter in their pocket." This tool is not yet available to everyone, but there is a beta sign-up for those who are interested in taking advantage of next-generation video translation.

Smartling
Smartling offers a tool for websites and apps to go multilingual with the help of crowdsourced translations. Publishers can use community translators, and when needed, supplement with machine translations and professional translators. This allows for lightning-fast translation work, with some websites adding as many as 14 whole languages in a matter of three weeks. This tool continues to grow as it gets millions more in funding and attracts big sites like Scribd and SurveyMonkey to its services.

A real-life Babel Fish
Most people are familiar with AltaVista’s BabelFish service, and even the Babel Fish device on The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy, which allows users to turn their voices into a different language. Microsoft has recently introduced a new service, Text to Speech, that does exactly that, but instead of outputting a robotic translation, reflects the original speaker’s voice, and even tone and accent. Experts are excited about this new development, as well as the possibilities that it presents for mobile apps in the travel industry.

Facebook translation
Powered by Bing, Facebook users can soon opt-in to inline language translations for comments, posts, and more, making it incredibly east to connect with friends, family, and colleagues from around the world on Facebook. Even more impressive, this next generation tool is constantly improving itself, as bilingual users can enter their own translations that are typically more accurate, and other users can vote on the positive accuracy of their translations, replacing machine translations.

Crowdin
Crowdin offers an incredible collaborative translation tool, taking advantage of the power of both machine translations and human translations through translation memory. In a Crowdin project, users are able to upload pre-translated works, and then create a community that can edit and perfect translations. This can happen anywhere thanks to translation synchronizing and translation migrations, allowing collaboration from users around the world.