Nas últimas semanas, o principal assunto no Brasil são as manifestações ao redor do país, que começaram devido ao aumento das tarifas de ônibus e metrô, mas logo englobaram outros temas, como corrupção, investimentos excessivos nos estádios para a Copa do Mundo, falta de infraestrutura nos serviços públicos, entre outros. Certamente o tema deve ser discutido em sala de aula e há uma variedade de material autêntico que pode ser utilizado, como textos de diversos jornais internacionais e vídeos.
Entre as sugestões para se trabalhar o tema, podem ser propostas:
- atividades de vocabulário, com palavras referentes às manifestações, à política, entre outras;
- atividades de compreensão auditiva dos vídeos;
- discussões e debates sobre o tema;
- atividades de writing, com textos opinativos ou descritivos
- role plays de reuniões entre a presidenta e os ministros ou entre os prefeitos e governadores
- role plays de entrevistas com os líderes do movimento, com os políticos ou com os manifestantes
A seguir, uma série de links com textos ou vídeos que podem ser usados em sala:
http://edition.cnn.com/2013/06/28/world/americas/brazil-protests-favelas/index.html?iref=allsearch
http://globalpublicsquare.blogs.cnn.com/2013/06/21/whats-going-on-in-brazil/?iref=allsearch
http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-23121532
http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-23108688
http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-23093392
http://www.nytimes.com/2013/06/14/world/americas/bus-fare-protests-hit-brazils-two-biggest-cities.html?_r=0
http://www.businessweek.com/articles/2013-06-20/bloomberg-view-the-anxiety-of-brazils-middle-class
http://world.time.com/2013/06/25/brazil-protests-back-despite-proposed-reforms/
http://www.guardian.co.uk/world/2013/jun/28/brazilian-protesters-clash-police-conferedations-cup-stadium?INTCMP=SRCH
http://www.aljazeera.com/video/americas/2013/06/201363084814198712.html
domingo, 30 de junho de 2013
Novo layout
Após 4,5 anos, mudei o layout do blog teachervanessaprata.blogspot.com, que ficou mais clean e mais fácil ainda de ler. Removi a foto inicial e no local inseri um banner, além de mudar o fundo, privilegiando o branco, e a disposição geral dos itens da página. Esperto que gostem!
segunda-feira, 24 de junho de 2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Propostas de "cura"
Já que pode ter proposta para "cura gay", também quero fazer algumas propostas para "curar" outros problemas da sociedade. Vai que uma delas é aprovada, né?
"Doença": fanatismo religioso agudo
Sintomas: o paciente acredita que apenas sua religião está correta e que todos que não a seguem irão arder no inferno.
Tratamento indicado: fase I - o paciente deverá apenas passar na frente de igrejas, templos, mesquitas, centros espíritas, terreiros de candomblé e outros locais sagrados para as demais religiões que não a sua. Fase II - o paciente deverá colocar um pé dentro desses lugares, em silêncio, e permanecer ali por pelo menos 1 minuto. Se conseguir passar dessa fase do tratamento, poderá seguir para a fase III, em que colocará os dois pés dentro e ali permanecerá por 5 minutos. Se sentir algum efeito colateral, deverá voltar à fase I. Fase IV - o paciente deverá assistir a missas, cultos, sessões ou seja qual for o termo mais adequado das celebrações das demais religiões que não a sua. Deverá, paralelamente, ler os principais livros e publicações a respeito de diversas religiões do mundo. Se não conseguir, deverá voltar à Fase III.
"Cura": espera-se que ao conhecer mais a fundo as demais religiões, o paciente tenha capacidade de respeitas as crenças dos outros.
"Doença": fanatismo agudo por um time de futebol
Sintomas: o paciente só fala de futebol, acredita que seu time é o melhor do mundo e que os torcedores de outros times devem ser agredidos.
Tratamento indicado: fase I - abstinência para desintoxicação - o paciente deve abster-se de assistir a jogos de futebol, na televisão ou no estádio, e não deve usar camisas, bonés ou qualquer outro acessório que remeta ao seu time. Paralelamente, a cada fim de semana, durante pelo menos seis meses, o paciente deve praticar um esporte diferente ou assistir a outros jogos e competições que não sejam de futebol. Fase II - acompanhado de alguém responsável que não sofra da mesma condição, o paciente poderá assistir aos primeiros jogos do seu time em casa, sem usar camisa do time. Está proibido ainda de postar provocações no Facebook para outros torcedores. Fase III - ainda com acompanhamento, o paciente poderá retornar aos estádios, sem usar acessórios do time e sem sentar-se junto à torcida organizada. Fase IV - é necessário o acompanhamento de ao menos duas pessoas, pois pode haver uma séria recaída. Nessa fase, o paciente deverá vestir uma camisa do time adversário por pelo menos 5 minutos. Se falhar, deve voltar à Fase I.
"Cura": espera-se que ao final do tratamento, o paciente tenha capacidade de respeitar as escolhas dos outros torcedores.
"Doença": falta de leitura crônica
Sintomas: o paciente não consegue ler um livro, jornal ou revista inteiros, no máximo lê a página de esportes ou o resumo da novela.
Tratamento indicado: fase I - a cada semana, o paciente deverá ler uma frase, um parágrafo ou uma estrofe de um livro ou de um poema famoso, associando-o ao seu autor. Caso o paciente tenha dificuldade em ler o trecho inteiro em uma semana, pode-se administrar doses homeopáticas, dividindo a frase ou parágrafo em unidades menores, a seguir: semana 1 - "no meio do caminho tinha uma pedra", semana 2 - "tinha uma pedra no meio do caminho", semana 3 - Carlos Drummond de Andrade. Fase II - o paciente deverá frequentar semanalmente uma livraria, biblioteca ou banca de revista e folhear ao menos cinco publicações. Fase III - o paciente deverá escolher um livro e ler o título, a 4a capa e a introdução. Fase IV - o paciente deverá ler um capítulo inteiro do livro escolhido. Se achar muito difícil, aplique novamente as doses homeopáticas, lendo um parágrafo por dia. Fase V em diante - o paciente deve prosseguir o tratamento até o término do livro.
"Cura": espera-se que ao final do tratamento o paciente seja capaz de ler um livro inteiro, mesmo que seja Paulo Coelho, Cinquenta Tons de Cinza, Sabrina...
"Doença": fanatismo agudo por funk
Sintomas: o paciente acredita que música é igual a "eguinha pocotó" e similares e que é necessário ouvir isso no último volume.
Tratamento indicado: fase I - certificar-se de que o paciente não tem problemas auditivos e, por isso, precisa ouvir funk no último volume. Se for o caso, indicar aparelho auditivo. Se não for o caso, prosseguir para a fase II, de tratamento de choque: o paciente deverá jogar fora seus CDs, DVDs e arquivos de MP3 de funk. Fase III - sessões diárias de pelo menos 1 hora de MPB, jazz, blues, pop rock e música clássica. Fase IV - o paciente deverá assistir a um show que não seja de funk.
"Cura": espera-se que ao final do tratamento o paciente possa fazer melhores escolhas musicais.
"Doença": radicalismo hétero
Sintomas: o paciente acredita que gays são pessoas doentes e que devem ser curadas.
Tratamento indicado: fase I - o paciente deve ver fotos, cenas de filmes ou ler trechos de livros com leve insinuação de relação homossexual. Fase II - o paciente deve ver um filme inteiro com temática gay sem sair da sala e ler um artigo ou livro inteiro também sobre o assunto, sem achar um absurdo. Se não conseguir, deve voltar à fase I. Fase III - acompanhado de alguém de sua confiança, o paciente deve ir a lugares considerados "gay friendly", ou como costuma dizer um conhecido guia semanal um lugar "hétero de alma gay", e ali permanecer por pelo menos 10 minutos. Se houver efeito colateral, volte à Fase II. Fase IV - ainda acompanhado de alguém de sua confiança, o paciente deve ir a um lugar majoritariamente gay e ali permanecer por pelo menos 30 minutos. Enquanto sentir-se extremamente desconfortável, deve voltar à Fase III.
"Cura": espera-se que ao final do tratamento o paciente entenda que homossexualidade não é doença e que gays não precisam ser curados.
"Doença": fanatismo crônico por Big Brother
Sintomas: o paciente sabe citar, em ordem e sem pensar duas vezes, todos os vencedores de todas as edições do Big Brother. Além disso, no início de cada ano, 90% dos seus posts no Facebook referem-se ao programa.
Tratamento indicado: fase I - desintoxicação intensiva - nos três (ou quatro?) primeiros meses do ano, o paciente deve abster-se de assistir à Globo e demais canais a cabo que passam Big Brother, especialmente os que passam o programa 24 horas. É recomendável reduzir o acesso à internet ao mínimo necessário também. Fase II - em doses homeopáticas, outros programas devem ser inseridos, tomando-se o cuidado de não fazer uma substituição por programas de auditório. Fase III - o paciente deve ler "1984", de George Orwell. Fase IV - durante a próxima temporada do BBB, o paciente deve ler qualquer coisa na hora do programa em vez de assistir televisão.
"Cura": espera-se que ao final do tratamento o paciente consiga discutir outros assuntos que não o que está acontecendo na casa mais vigiada do Brasil.
Obs. 1 - A duração de cada fase dos tratamentos poderá variar de paciente para paciente.
Obs. 2 - Espero que essas propostas sejam levadas tão a sério quanto muitos outros projetos de lei estapafúrdios que são debatidos no Congresso.
Obs. 3 - Não tive a intenção de ofender nenhuma religião, time de futebol, opção sexual, preferências musicais, livros ou programas de TV preferidos ou qualquer outra coisa que alguém possa se ofender. Mas se ofendeu, talvez seja bom ler os sintomas de novo...
"Doença": fanatismo religioso agudo
Sintomas: o paciente acredita que apenas sua religião está correta e que todos que não a seguem irão arder no inferno.
Tratamento indicado: fase I - o paciente deverá apenas passar na frente de igrejas, templos, mesquitas, centros espíritas, terreiros de candomblé e outros locais sagrados para as demais religiões que não a sua. Fase II - o paciente deverá colocar um pé dentro desses lugares, em silêncio, e permanecer ali por pelo menos 1 minuto. Se conseguir passar dessa fase do tratamento, poderá seguir para a fase III, em que colocará os dois pés dentro e ali permanecerá por 5 minutos. Se sentir algum efeito colateral, deverá voltar à fase I. Fase IV - o paciente deverá assistir a missas, cultos, sessões ou seja qual for o termo mais adequado das celebrações das demais religiões que não a sua. Deverá, paralelamente, ler os principais livros e publicações a respeito de diversas religiões do mundo. Se não conseguir, deverá voltar à Fase III.
"Cura": espera-se que ao conhecer mais a fundo as demais religiões, o paciente tenha capacidade de respeitas as crenças dos outros.
"Doença": fanatismo agudo por um time de futebol
Sintomas: o paciente só fala de futebol, acredita que seu time é o melhor do mundo e que os torcedores de outros times devem ser agredidos.
Tratamento indicado: fase I - abstinência para desintoxicação - o paciente deve abster-se de assistir a jogos de futebol, na televisão ou no estádio, e não deve usar camisas, bonés ou qualquer outro acessório que remeta ao seu time. Paralelamente, a cada fim de semana, durante pelo menos seis meses, o paciente deve praticar um esporte diferente ou assistir a outros jogos e competições que não sejam de futebol. Fase II - acompanhado de alguém responsável que não sofra da mesma condição, o paciente poderá assistir aos primeiros jogos do seu time em casa, sem usar camisa do time. Está proibido ainda de postar provocações no Facebook para outros torcedores. Fase III - ainda com acompanhamento, o paciente poderá retornar aos estádios, sem usar acessórios do time e sem sentar-se junto à torcida organizada. Fase IV - é necessário o acompanhamento de ao menos duas pessoas, pois pode haver uma séria recaída. Nessa fase, o paciente deverá vestir uma camisa do time adversário por pelo menos 5 minutos. Se falhar, deve voltar à Fase I.
"Cura": espera-se que ao final do tratamento, o paciente tenha capacidade de respeitar as escolhas dos outros torcedores.
"Doença": falta de leitura crônica
Sintomas: o paciente não consegue ler um livro, jornal ou revista inteiros, no máximo lê a página de esportes ou o resumo da novela.
Tratamento indicado: fase I - a cada semana, o paciente deverá ler uma frase, um parágrafo ou uma estrofe de um livro ou de um poema famoso, associando-o ao seu autor. Caso o paciente tenha dificuldade em ler o trecho inteiro em uma semana, pode-se administrar doses homeopáticas, dividindo a frase ou parágrafo em unidades menores, a seguir: semana 1 - "no meio do caminho tinha uma pedra", semana 2 - "tinha uma pedra no meio do caminho", semana 3 - Carlos Drummond de Andrade. Fase II - o paciente deverá frequentar semanalmente uma livraria, biblioteca ou banca de revista e folhear ao menos cinco publicações. Fase III - o paciente deverá escolher um livro e ler o título, a 4a capa e a introdução. Fase IV - o paciente deverá ler um capítulo inteiro do livro escolhido. Se achar muito difícil, aplique novamente as doses homeopáticas, lendo um parágrafo por dia. Fase V em diante - o paciente deve prosseguir o tratamento até o término do livro.
"Cura": espera-se que ao final do tratamento o paciente seja capaz de ler um livro inteiro, mesmo que seja Paulo Coelho, Cinquenta Tons de Cinza, Sabrina...
"Doença": fanatismo agudo por funk
Sintomas: o paciente acredita que música é igual a "eguinha pocotó" e similares e que é necessário ouvir isso no último volume.
Tratamento indicado: fase I - certificar-se de que o paciente não tem problemas auditivos e, por isso, precisa ouvir funk no último volume. Se for o caso, indicar aparelho auditivo. Se não for o caso, prosseguir para a fase II, de tratamento de choque: o paciente deverá jogar fora seus CDs, DVDs e arquivos de MP3 de funk. Fase III - sessões diárias de pelo menos 1 hora de MPB, jazz, blues, pop rock e música clássica. Fase IV - o paciente deverá assistir a um show que não seja de funk.
"Cura": espera-se que ao final do tratamento o paciente possa fazer melhores escolhas musicais.
"Doença": radicalismo hétero
Sintomas: o paciente acredita que gays são pessoas doentes e que devem ser curadas.
Tratamento indicado: fase I - o paciente deve ver fotos, cenas de filmes ou ler trechos de livros com leve insinuação de relação homossexual. Fase II - o paciente deve ver um filme inteiro com temática gay sem sair da sala e ler um artigo ou livro inteiro também sobre o assunto, sem achar um absurdo. Se não conseguir, deve voltar à fase I. Fase III - acompanhado de alguém de sua confiança, o paciente deve ir a lugares considerados "gay friendly", ou como costuma dizer um conhecido guia semanal um lugar "hétero de alma gay", e ali permanecer por pelo menos 10 minutos. Se houver efeito colateral, volte à Fase II. Fase IV - ainda acompanhado de alguém de sua confiança, o paciente deve ir a um lugar majoritariamente gay e ali permanecer por pelo menos 30 minutos. Enquanto sentir-se extremamente desconfortável, deve voltar à Fase III.
"Cura": espera-se que ao final do tratamento o paciente entenda que homossexualidade não é doença e que gays não precisam ser curados.
"Doença": fanatismo crônico por Big Brother
Sintomas: o paciente sabe citar, em ordem e sem pensar duas vezes, todos os vencedores de todas as edições do Big Brother. Além disso, no início de cada ano, 90% dos seus posts no Facebook referem-se ao programa.
Tratamento indicado: fase I - desintoxicação intensiva - nos três (ou quatro?) primeiros meses do ano, o paciente deve abster-se de assistir à Globo e demais canais a cabo que passam Big Brother, especialmente os que passam o programa 24 horas. É recomendável reduzir o acesso à internet ao mínimo necessário também. Fase II - em doses homeopáticas, outros programas devem ser inseridos, tomando-se o cuidado de não fazer uma substituição por programas de auditório. Fase III - o paciente deve ler "1984", de George Orwell. Fase IV - durante a próxima temporada do BBB, o paciente deve ler qualquer coisa na hora do programa em vez de assistir televisão.
"Cura": espera-se que ao final do tratamento o paciente consiga discutir outros assuntos que não o que está acontecendo na casa mais vigiada do Brasil.
Obs. 1 - A duração de cada fase dos tratamentos poderá variar de paciente para paciente.
Obs. 2 - Espero que essas propostas sejam levadas tão a sério quanto muitos outros projetos de lei estapafúrdios que são debatidos no Congresso.
Obs. 3 - Não tive a intenção de ofender nenhuma religião, time de futebol, opção sexual, preferências musicais, livros ou programas de TV preferidos ou qualquer outra coisa que alguém possa se ofender. Mas se ofendeu, talvez seja bom ler os sintomas de novo...
terça-feira, 18 de junho de 2013
Por que (ainda) não fui às manifestações em São Paulo?
Até ontem estava quieta, mas agora senti a necessidade de me expressar e, provavelmente, polemizar ainda mais. Sou favorável às manifestações sem vandalismo, como esta mais recente em SP, porém sou extremamente cética. Para acreditar que o Brasil, de fato, "acordou", queria ter certeza também de que, entre os milhares de manifestantes ao redor do país, incluindo muitos amigos, não estão incluídas também muitas pessoas que:
- jogam lixo no chão
- picham os muros da cidade sem qualquer ligação com os protestos
- empurram para entrar no metrô
- votam nos mesmos políticos de sempre ou, pior, votam em "coisas" como Tiririca, Netinho, Clodovil... num suposto ato de protesto, se esquecendo de que eles também vão ter os mesmos salários dos demais e estão, geralmente, despreparados para as funções que deveriam exercer
- em vez de lutar pela melhora efetiva do ensino público simplesmente colocam os filhos numa escola particular porque "é importante passar no vestibular"
- usam o carro para ir até a padaria da esquina, contribuindo para o aumento da poluição e do trânsito, param em fila dupla, dirigem após beber...
- reclamam de 20 centavos, mas não se importam de pagar 500, 600 reais para ver um show de 2 horas de algum artista estrangeiro
- trocam de celular a cada 6 meses, gerando lixo eletrônico e contribuindo para que os preços dos lançamentos estejam sempre nas alturas (já que o pessoal compra...)
- dizem que não tem tempo para ler e estudar, mas não perdem um capítulo da novela ou do Big Brother
- gastam tudo o que tem e até fazem dívidas para ir ao Japão ver um jogo de futebol (e do Corinthians ainda por cima rs)
- como postei ontem, daqui a pouco estarão torcendo para o Brasil ganhar a Copa das Confederações e depois a Copa do Mundo, se esquecendo de que, além dos R$ 0,20, um dos motivos dos protestos são os investimentos absurdos nos estádios, e não em escolas, hospitais, transporte...
- agridem ou até matam outras pessoas por serem "diferentes" delas, um porque é punk, o outro porque é skinhead, o outro porque é gay, o outro porque é índio...
Enfim, acho que ontem foi importante, histórico talvez, mas só temo que, em vez de ter "acordado", o Brasil simplesmente caia num novo sonho de que basta juntar alguns milhares de pessoas em algumas cidades do país durante alguns dias e tudo vai se resolver. Há ainda quase 200 milhões de pessoas para serem convencidas da necessidade de protestos (sem vandalismo) e mudanças. Vamos mudar de fato, incluindo atitudes simples que qualquer um pode fazer?
- jogam lixo no chão
- picham os muros da cidade sem qualquer ligação com os protestos
- empurram para entrar no metrô
- votam nos mesmos políticos de sempre ou, pior, votam em "coisas" como Tiririca, Netinho, Clodovil... num suposto ato de protesto, se esquecendo de que eles também vão ter os mesmos salários dos demais e estão, geralmente, despreparados para as funções que deveriam exercer
- em vez de lutar pela melhora efetiva do ensino público simplesmente colocam os filhos numa escola particular porque "é importante passar no vestibular"
- usam o carro para ir até a padaria da esquina, contribuindo para o aumento da poluição e do trânsito, param em fila dupla, dirigem após beber...
- reclamam de 20 centavos, mas não se importam de pagar 500, 600 reais para ver um show de 2 horas de algum artista estrangeiro
- trocam de celular a cada 6 meses, gerando lixo eletrônico e contribuindo para que os preços dos lançamentos estejam sempre nas alturas (já que o pessoal compra...)
- dizem que não tem tempo para ler e estudar, mas não perdem um capítulo da novela ou do Big Brother
- gastam tudo o que tem e até fazem dívidas para ir ao Japão ver um jogo de futebol (e do Corinthians ainda por cima rs)
- como postei ontem, daqui a pouco estarão torcendo para o Brasil ganhar a Copa das Confederações e depois a Copa do Mundo, se esquecendo de que, além dos R$ 0,20, um dos motivos dos protestos são os investimentos absurdos nos estádios, e não em escolas, hospitais, transporte...
- agridem ou até matam outras pessoas por serem "diferentes" delas, um porque é punk, o outro porque é skinhead, o outro porque é gay, o outro porque é índio...
Enfim, acho que ontem foi importante, histórico talvez, mas só temo que, em vez de ter "acordado", o Brasil simplesmente caia num novo sonho de que basta juntar alguns milhares de pessoas em algumas cidades do país durante alguns dias e tudo vai se resolver. Há ainda quase 200 milhões de pessoas para serem convencidas da necessidade de protestos (sem vandalismo) e mudanças. Vamos mudar de fato, incluindo atitudes simples que qualquer um pode fazer?
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Para professores, déficit no ensino é culpa dos alunos
Tem a ver com meu texto recente sobre autoavaliação. Está certo que há alunos desinteressados e desmotivados, mas e a falta de estrutura familiar? E a falta de empenho dos próprios professores? E os currículos pedagógicos desatualizados e desconectados do mundo real (e agora virtual também)?
Como citado no próprio texto, é sempre mais fácil colocar a responsabilidade no outro...
Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/noticias/27225/para-professores-deficit-no-ensino-e-culpa-dos-alunos/
Desinteresse e falta de esforço são apontados como principais causas para o baixo índice de aprendizagem por 91% dos docentes consultados
Fonte: Gazeta do povo (PR)
Para 91% dos Professores brasileiros de 5.º e 9.º anos da rede pública, uma das principais razões para a dificuldade de aprendizagem é o desinteresse dos próprios Alunos. No Paraná a proporção é um pouco maior. Conforme mostram as respostas a um questionário enviado às Escolas junto da Prova Brasil 2011, 92% dos Professores do estado acham que os Alunos não aprendem porque não se esforçam. O mesmo questionário revela ainda que a maior parte da categoria não vincula os problemas de aprendizagem ao próprio trabalho, ou sequer à Escola.
Segundo analistas, o resultado preocupa. Por um lado, revela o pessimismo com o qual muitos Professores veem a docência ou as capacidades dos próprios Alunos. Por outro, mostra a confusão de papéis em relação ao que cabe à família e à Escola.
O levantamento se baseia nas respostas dadas por 226,8 mil Professores de todo o Brasil e 12,8 mil no estado.
De acordo com a psicopedagoga e doutora em Educação Evelise Portilho, da PUCPR, os números são uma amostra do embate clássico entre pais de Alunos e Professores. “Se a mesma pesquisa fosse feita com as famílias, elas provavelmente também se isentariam. É sempre mais fácil colocar responsabilidade no outro”, diz.
Evelise diz ser impossível ignorar as consequências desse tipo de visão negativa por parte dos Professores no desenvolvimento dos Alunos. Não faz sentido, diz ela, empurrar a culpa do mal desempenho somente aos pais. “Não adianta a Escola querer que a família faça algo que a ela não está instrumentalizada a fazer”, diz. Haveria ainda uma questão básica nessa relação: “Que parte daquilo que é meu eu não estou fazendo?”.
Desinteresse
O doutor em Educação e Professor do Núcleo de Pesquisas Educacionais da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Ângelo Ricardo de Souza acha que a motivação dos estudantes, vistos como desinteressados pelos Professores, merece um aprofundamento maior. “Cumpre perguntar porque uma condição natural do humano, a curiosidade, não consegue ser aguçada ou desenvolvida pela Escola”, sugere.
Ele cogita que a causa do problema se relaciona com a falta de articulação entre o currículo, a prática pedagógica e as necessidades dos Alunos, ou ainda às difíceis condições de trabalho dos Professores, que tentam ser criativos mesmo com o excesso de demanda. Perguntas sobre rotina profissional também são feitas no questionário, mas apenas uma minoria de Docentes aponta esses fatores como causas da dificuldade de aprendizagem.
A realidade como atalho para o conhecimento
Despertar o interesse dos Alunos, apesar dos problemas em seu ambiente familiar ou social, virou a especialidade da Professora Janisse Córdova Dornelas da Costa, Docente da rede municipal de Curitiba. Ela faz parte do seleto grupo de profissionais a ganhar duas vezes o prêmio do Concurso Cultural Ler e Pensar, entregue pelo Instituto GRPCom aos responsáveis pelas melhores iniciativas envolvendo o uso de jornais em sala de aula.
Em 2009, o título foi conquistado com o projeto “O time é do meu coração, a violência não”, iniciativa interdisciplinar dirigida a Alunos do 5.º ano. Janisse conta que teve a ideia a partir das constantes brigas ocorridas em sala de aula iniciadas por provocações entre os estudantes sobre times de futebol.
Atenta ao evidente gosto dos Alunos pelo tema, ela passou a aproveitar as notícias do jornal sobre os jogos para estimular debates e trabalhos em diversas disciplinas. Para promover uma cultura de não violência, Janisse chamou líderes das torcidas organizadas que enfatizavam a importância de se manter a rivalidade somente dentro de campo.
Em 2011, o projeto que lhe valeu o prêmio foi “Doação de órgãos: ser solidário é dizer sim!”. Segundo a Professora, o projeto nasceu de um comentário inusitado na turma, quando um dos Alunos comentou que sua mãe possuía apenas um rim, o que deu início a um debate.
Ambos os projetos foram desenvolvidos na Escola Municipal Wenceslau Braz, no Boqueirão, onde Janisse trabalha no período da tarde. Ela conta que boa parte de seus Alunos vive em ambientes rodeados por violência e drogas, admite a ausência de muitos pais no acompanhamento das crianças, mas rejeita a tese de que nada pode fazer para ajudá-los no desempenho Escolar. “Você tem que se envolver com o Aluno, conquistá-lo. É possível garantir uma aprendizagem significativa se entender o mundo deles e usar isso nos conteúdos”, conclui.
Como citado no próprio texto, é sempre mais fácil colocar a responsabilidade no outro...
Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/noticias/27225/para-professores-deficit-no-ensino-e-culpa-dos-alunos/
Desinteresse e falta de esforço são apontados como principais causas para o baixo índice de aprendizagem por 91% dos docentes consultados
Fonte: Gazeta do povo (PR)
Para 91% dos Professores brasileiros de 5.º e 9.º anos da rede pública, uma das principais razões para a dificuldade de aprendizagem é o desinteresse dos próprios Alunos. No Paraná a proporção é um pouco maior. Conforme mostram as respostas a um questionário enviado às Escolas junto da Prova Brasil 2011, 92% dos Professores do estado acham que os Alunos não aprendem porque não se esforçam. O mesmo questionário revela ainda que a maior parte da categoria não vincula os problemas de aprendizagem ao próprio trabalho, ou sequer à Escola.
Segundo analistas, o resultado preocupa. Por um lado, revela o pessimismo com o qual muitos Professores veem a docência ou as capacidades dos próprios Alunos. Por outro, mostra a confusão de papéis em relação ao que cabe à família e à Escola.
O levantamento se baseia nas respostas dadas por 226,8 mil Professores de todo o Brasil e 12,8 mil no estado.
De acordo com a psicopedagoga e doutora em Educação Evelise Portilho, da PUCPR, os números são uma amostra do embate clássico entre pais de Alunos e Professores. “Se a mesma pesquisa fosse feita com as famílias, elas provavelmente também se isentariam. É sempre mais fácil colocar responsabilidade no outro”, diz.
Evelise diz ser impossível ignorar as consequências desse tipo de visão negativa por parte dos Professores no desenvolvimento dos Alunos. Não faz sentido, diz ela, empurrar a culpa do mal desempenho somente aos pais. “Não adianta a Escola querer que a família faça algo que a ela não está instrumentalizada a fazer”, diz. Haveria ainda uma questão básica nessa relação: “Que parte daquilo que é meu eu não estou fazendo?”.
Desinteresse
O doutor em Educação e Professor do Núcleo de Pesquisas Educacionais da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Ângelo Ricardo de Souza acha que a motivação dos estudantes, vistos como desinteressados pelos Professores, merece um aprofundamento maior. “Cumpre perguntar porque uma condição natural do humano, a curiosidade, não consegue ser aguçada ou desenvolvida pela Escola”, sugere.
Ele cogita que a causa do problema se relaciona com a falta de articulação entre o currículo, a prática pedagógica e as necessidades dos Alunos, ou ainda às difíceis condições de trabalho dos Professores, que tentam ser criativos mesmo com o excesso de demanda. Perguntas sobre rotina profissional também são feitas no questionário, mas apenas uma minoria de Docentes aponta esses fatores como causas da dificuldade de aprendizagem.
A realidade como atalho para o conhecimento
Despertar o interesse dos Alunos, apesar dos problemas em seu ambiente familiar ou social, virou a especialidade da Professora Janisse Córdova Dornelas da Costa, Docente da rede municipal de Curitiba. Ela faz parte do seleto grupo de profissionais a ganhar duas vezes o prêmio do Concurso Cultural Ler e Pensar, entregue pelo Instituto GRPCom aos responsáveis pelas melhores iniciativas envolvendo o uso de jornais em sala de aula.
Em 2009, o título foi conquistado com o projeto “O time é do meu coração, a violência não”, iniciativa interdisciplinar dirigida a Alunos do 5.º ano. Janisse conta que teve a ideia a partir das constantes brigas ocorridas em sala de aula iniciadas por provocações entre os estudantes sobre times de futebol.
Atenta ao evidente gosto dos Alunos pelo tema, ela passou a aproveitar as notícias do jornal sobre os jogos para estimular debates e trabalhos em diversas disciplinas. Para promover uma cultura de não violência, Janisse chamou líderes das torcidas organizadas que enfatizavam a importância de se manter a rivalidade somente dentro de campo.
Em 2011, o projeto que lhe valeu o prêmio foi “Doação de órgãos: ser solidário é dizer sim!”. Segundo a Professora, o projeto nasceu de um comentário inusitado na turma, quando um dos Alunos comentou que sua mãe possuía apenas um rim, o que deu início a um debate.
Ambos os projetos foram desenvolvidos na Escola Municipal Wenceslau Braz, no Boqueirão, onde Janisse trabalha no período da tarde. Ela conta que boa parte de seus Alunos vive em ambientes rodeados por violência e drogas, admite a ausência de muitos pais no acompanhamento das crianças, mas rejeita a tese de que nada pode fazer para ajudá-los no desempenho Escolar. “Você tem que se envolver com o Aluno, conquistá-lo. É possível garantir uma aprendizagem significativa se entender o mundo deles e usar isso nos conteúdos”, conclui.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Autoavaliação: você já fez a sua?
Fonte: http://blogdadisal.blogspot.com.br/2013/06/autoavaliacao-voce-ja-fez-sua.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+Disal+(Disal+Blog)
Por Vanessa Prata
Por Vanessa Prata
É bastante comum ouvirmos alunos reclamando que não aprendem, que estão há anos estudando inglês (entrando e saindo de várias escolas, geralmente) e nunca saem do intermediário e que “inglês é muito difícil”, ou que os professores “não ensinam direito”. Por outro lado, é também comum ouvirmos alguns professores dizendo que “os alunos não querem estudar, não adianta fazer nada diferente”, que eles ganham muito pouco e que as escolas não os valorizam.
Tudo isso pode ter um fundo de verdade, mas, muitas vezes, nenhum dos dois lados está fazendo completamente sua parte. Há alunos que realmente não se dedicam e esperam aprender “num passe de mágica” e há professores que também não fazem muito esforço para se aperfeiçoar ou para crescer na carreira. Para evitar essa “acomodação”, é importante que todos façam, com alguma regularidade (talvez uma vez por semestre ou ao menos uma vez por ano), uma autoavaliação. Não existe um modelo único de avaliação, claro, mas indico a seguir uma opção para alunos e outra para professores, com foco em inglês, mas que pode ser adaptado para qualquer idioma. Tire alguns minutinhos e reflita sobre seu comportamento e suas ações no aprendizado ou no ensino do idioma. Seja sincero, você não precisa mostrar para ninguém.
Se você é aluno:
1 – Você evita faltar às aulas e chega sempre no horário?
2 – Você procura usar somente inglês na sala de aula?
3 – Você faz homework e outras atividades extraclasse regularmente (laboratório de línguas, atividades extras da escola etc.)?
4 – Você assiste a filmes em inglês sem legenda ou com legenda nesse idioma? Com que frequência?
5 – Você lê livros, revistas, jornais ou notícias na internet em inglês? Com que frequência?
6 – Você ouve música em inglês procurando prestar atenção na letra, na pronúncia, em novas palavras? Com que frequência?
7 – Você tenta conversar com outras pessoas em inglês, fora da sala de aula, pessoalmente ou online?
8 – Você escreve e-mails, mensagens, diários ou redações em inglês, sem que o professor tenha que solicitar como uma tarefa? Com que frequência?
9 – Você revisa frequentemente o conteúdo visto em sala de aula?
10 – Você acessa regularmente sites de dicas de inglês, dicionários online, exercícios interativos etc.?
11 – Você procura saber mais sobre a cultura e a história dos países de língua inglesa?
12 – Você acredita que seu aprendizado depende tanto ou mais de você do que do seu professor?
Se você é professor:
1 – Você evita faltar às aulas e chega sempre no horário?
2 – Você procura usar somente inglês na sala de aula com seus alunos?
3 – Você solicita homework e outras atividades extraclasse regularmente? Corrige?
4 – Você prepara suas aulas? Todas? Mesmo aquela que você já deu umas 30 vezes?
5 – Você prepara atividades extras para os alunos, com músicas, filmes, textos extras? As atividades são variadas, ou é sempre “fill in the blanks”?
6 – Você lê livros, revistas, jornais ou notícias na internet em inglês? Com que frequência?
7 – Você procura saber mais sobre a cultura e a história dos países de língua inglesa?
8 – Você compartilha experiências, atividades e dúvidas com outros colegas? Com que frequência?
9 – Você faz cursos extras ou participa de palestras e workshops com frequência? Você procura se informar sobre novos materiais didáticos e novas metodologias? Como?
10 – Você mantém um blog, um diário, um journalou faz algum tipo de anotação e reflexão sobre as aulas?
11 – Você pede para assistir aulas de seus colegas ou solicita que assistam as suas?
12 – Você gosta de dar aula?
Não, eu também não respondo “sim” para todas as perguntas, mas pelo menos para a maioria e tenho consciência do que deixo de fazer e, consequentemente, do que ainda falta melhorar. E você?
domingo, 2 de junho de 2013
Movie activity - The Social Network
If you are interested in the answer key, send me an email.
Scenes: 3-4 (21’30 to 31’)
Before you watch, discuss these questions with a
partner:
Ø Do you use Facebook? How often do
you access it?
Ø Why do you like it (or don’t like
it)?
Ø Do you know how Facebook was created?
Ø Do you know anything about its
founder, Mark Zuckerberg?
Watch the scene
and answer these questions:
1 – What did the Winklevoss twins propose to Mark?
2 – Why is
he being sued by them?
3 – What
did Mark propose to his friend Eduardo?
4 – Why is
Eduardo also suing Mark?
Vocabulary
Match the words with their definitions:
a) plaintiff ( ) to
show no respect, or to raise the tip of your thumb to the end of your nose to
show that you do not respect somebody
b) witness ( ) someone who makes a legal complaint against
someone else in court
c) lawsuit ( ) the state
of being famous for something bad
d) notoriety ( ) a
problem taken to a court of law, by an ordinary person or an organization
rather than the police, for a legal decision
e) to thumb
your nose at sb/sth ( ) a person who sees an event happening,
especially a crime or
an accident
f) to lead sb on ( ) to persuade
someone to believe something that is untrue
Now discuss these questions with your partner:
Ø Do you believe Mark Zuckerberg stole
the Winklevoss’s idea?
Ø What’s your opinion about him?
Ø
What
do you think of Facebook and other social media? Does it really “connect” more
people or does it make us like in a virtual world only?
Ø Do you think people are addicted to
technology nowadays?
Assinar:
Postagens (Atom)