Matéria produzida por mim e publicada hoje no Diário de São Paulo, no caderno Zona Leste.
Projeto foi desenvolvido por integrantes do Núcleo de Comunicação Comunitária São Miguel no Ar, da Fundação Tide Setubal, em parceria com escola estadual
Além de Português, Matemática e demais disciplinas regulares, 50 alunos do ensino fundamental e médio da Escola Estadual Shinquichi Agari, em São Miguel Paulista, estão aprendendo, na prática, a fazer programas de rádio. Os jovens se alternam na função de produtores, repórteres e apresentadores e aprendem sobre gêneros de programa, elaboração de roteiros, redação para rádio, além da parte técnica, como sonoplastia, mixagem e gravação de jingles. “A emissora contribui para a melhoria do ambiente escolar, bem como integra educadores e educandos, além de permitir um fórum permanente para dialogar sobre educação”, comenta José Luiz Adeve, o professor Cometa, coordenador do Núcleo de Comunicação Comunitária São Miguel no Ar.
O Núcleo, da Fundação Tide Setubal, visa fornecer aos jovens qualificação básica como aprendizes de produção midiática em suas diversas linguagens. O Projeto Rádio Ação nasceu ali dentro, proposto pelos jovens Carina Alves Piatezzi e Kleber William Lourenção Gomes, ambos de 19 anos, inspirados por uma rádio que havia existido na escola Shinquichi Agari no passado. “Quando terminei o ensino médio, a rádio já não funcionava, mas sempre tive vontade de voltar a fazer os programas”, conta Carina, que cursa Rádio e TV na Unicsul. “É muito gratificante participar desse projeto, pois vemos que os alunos se interessam mais pela escola e buscam ampliar seus conhecimentos”, acrescenta.
Os primeiros programas produzidos pelos alunos foram ao ar em 2 de julho, e o projeto promete “esquentar” na volta às aulas. “Já temos 15 equipes de alunos participando, e a ideia é que os programas sejam exibidos diariamente, no intervalo de 20 minutos das aulas”, conta Carina, responsável pelos programas do turno da manhã. Além da rádio, um blog com produção dos alunos entrará no ar em setembro, contando também com a participação dos professores de língua portuguesa, da direção e coordenação da escola. A Fundação Tide Setubal investiu 8 mil reais na compra de equipamentos e na contratação de um educador específico que capacitou Carina e Kleber como multiplicadores do projeto.