Confira minha matéria de Comportamento no Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I (ed. abril)
O falso hiperativo
Identificar se uma criança tem distúrbios de atenção ou se é apenas impulsiva e inquieta exige atenção redobrada dos pais, professores e coordenadores pedagógicos
Por Vanessa Prata
Objetivos:
★ Estimular a socialização da criança
★ Reforçar noções de respeito às diversidades e opiniões
★ Valorizar a amizade
★ Desenvolver a criatividade dos alunos
Faixa etária: 1º e 2º ano
Quem nunca teve um aluno que não para quieto um minuto em sala de aula, está sempre se movimentando, conversando, deixando os materiais cair ou que parece estar “no mundo da lua”? Muitas crianças agitadas, hoje em dia, são consideradas hiperativas e chegam a tomar remédios de uso controlado. É preciso atenção, no entanto, para não rotular um aluno de hiperativo sem um diagnóstico multidisciplinar, desenvolvido por médicos, psicólogos, pedagogos e outros especialistas. “Há quatro anos, meu filho Henrique, com 6 anos na época, foi diagnosticado como hiperativo. Após ir ao médico neurologista e psiquiatra, fomos aconselhados a dar-lhe o medicamento Ritalina. A psicóloga que o acompanhava, porém, não concordou com o diagnóstico e disse que ele era apenas impulsivo”, conta Eliana Almeida. Como Henrique não estava se saindo bem nos estudos, Eliana e o marido buscaram outra escola que pudesse acompanhá-lo melhor.
No Colégio Autêntico, em Guarulhos (SP), a atitude e as atividades propostas pela pedagoga Adriana Monteiro da Silva, atual coordenadora pedagógica de Educação Infantil e Ensino Fundamental I e professora do 2º ano na época em que Henrique foi transferido, ajudaram o garoto a superar suas dificuldades. “Henrique sempre foi muito desorganizado a ponto de perder todos os seus pertences escolares, seus cadernos eram amassados e borrados, a caligrafia era ilegível e ele não gostava de escrever, embora fosse muito inteligente. Lidamos com ele com ‘combinados’ e muita conversa, com postura sempre firme, mostrando a ele suas responsabilidades e as consequências para cada uma de suas ações, fossem boas ou ruins. Hoje ele já está no Ensino Fundamental II e é muito participativo”, conta Adriana.
“A família também foi fundamental nesse processo, apoiando muito o colégio e aprovando nossas atitudes. Saliento ainda que a escola deve sempre agir com muita cautela, pois cada caso é único, cada criança é única, com experiências de vida diferentes umas das outras”, acrescenta. Confira as atividades propostas por Adriana para promover a socialização dos alunos e reforçar conceitos de organização e respeito ao próximo.
Confira a matéria completa, com atividades, no site da revista.