domingo, 2 de março de 2014

Desenvolvendo seus sentidos menos dominantes

Fonte: http://blogdadisal.blogspot.com.br/2014/03/desenvolvendo-seus-sentidos-menos.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+Disal+(Disal+Blog)

Por Jack Scholes

“Quando você começa a usar os sentidos que negligenciava,
sua recompensa é ver o mundo com outros olhos.”

Barbara Sher (escritora norte-americana, palestrante e coach de desenvolvimento pessoal)


Sabemos que aprender coisas de uma forma multissensorial (usando vários sentidos juntos – e incluindo nossos sentidos olfativos e gustativos se for o caso) é especialmente poderoso. Por isso faz sentido (!) desenvolver a nossa capacidade multissensorial e garantir que todos os nossos sentidos estejam funcionando de forma otimizada. Ter essa capacidade também nos dá maior flexibilidade: nem sempre podemos escolher totalmente como recebemos as informações, por isso é muito útil poder mudar de canal de maneira fácil e eficaz.

Então, como você pode trabalhar seus sentidos menos favorecidos? É uma boa ideia se envolver em atividades que dão enfâse a esse sentido e permitem-no usá-lo. Algumas sugestões estão listadas abaixo. Elas não são de forma alguma completas, mas vão lhe dar uma noção. Tampouco são categorias rígidas: elas podem envolver predominantemente um sentido, mas quase sempre incluem outros também, embora com enfâse menor.

Visual

  • Começar a estudar fotografia, desenho, pintura...
  • Aprender a desenhar. 
  • Frequentar aulas sobre história da arte ou assuntos relacionados
  • Experimentar a observação de pássaros ou contemplar as estrelas
  • Fazer joguinhos com imagens como “Jogo dos 7 erros” ou “O que está faltando?”
  • Fazer quebra-cabeças (também cinestésico)
  • Fazer cromoterapia
  • Fazer uma reforma na casa – trocando móveis e pintando com cores diferentes
  • Assistir TV sem o som e tentar imaginar o que está sendo falado.
Auditivo

  • Aprender uma língua estrangeira
  • Aprender a tocar um instrumento musical (também cinestésico)
  • Fazer aulas de canto
  • Fazer aulas de teoria da música ou outro assunto relacionado
  • Ouvir rádio com mais frequência (especialmente se você é alguém que assiste TV regularmente)
  • Praticar repetindo em voz alta as coisas que você ouve ou contar de novo piadas e anedotas
  • Ouvir um programa de TV ou filme sem olhar a imagem e tentar imaginar o que está se passando
  • Ouvir áudiolivros (audiobooks)
  • Ir até o meio do mato e “ouvir” a natureza
Cinestésico
  • Fazer ioga, Pilates, Tai Chi (ou qualquer outro tipo de disciplina corpo/mente)
  • Fazer aulas de dança ou experimentar a dança do ventre! (também auditivo)
  • Fazer natação – ou qualquer outro esporte
  • Ter uma sessão de reflexologia... ou apenas andar descalço de vez em quando
  • Usar suas mãos – fazer cerâmica ou escultura, fazer modelos com Lego, fazer crochê, bordado ou tricô
  • Abraçar pessoas ou árvores!
  • Passar roupa
  • Enfim, fazer “qualquer coisa” física.

Lembre-se de que o modelo de preferências sensoriais é muito interessante intelectualmente, mas para que ele seja mais do que apenas um modelo intelectual, você tem de fazer algo com ele. Você precisa agir, praticar as ideias e usá-las para melhorar o modo como você aprende. Se fizer isso, pode fazer uma grande diferença não só para suas chances de sucesso em um exame, mas para toda a sua vida.

Como disse William Osler – um médico canadense que tem sido chamado de o pai da Medicina moderna: “Use seus cinco sentidos. Aprenda a ver, aprenda a ouvir, aprenda a sentir, aprenda a cheirar e saiba que, apenas pela prática, você pode tornar-se especialista.”



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Jack Scholes nasceu na Inglaterra e formou-se em alemão e russo pela Universidade de Liverpool, com pós-graduação em Educação e Ensino de Inglês como Língua Estrangeira na Universidade de Londres. Formou-se também Master Practitioner em Programação Neurolinguística com o Dr. Richard Bandler, co-criador dessa ciência. Ele tem mais de 40 anos de experiência no ensino da língua inglesa e é autor de vários livros.