O texto é conhecido, mas não tenho certeza da autoria, alguns sites indicam Félix Coronel, outros Juliana Spadotto, outros ainda dizem que é uma adaptação de um texto de Chaplin... Enfim, o poema continua valendo a pena ler. Se souberem a autoria correta, me informem.
Eu já dei risada até a barriga doer, já nadei até perder o fôlego,
já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado.
Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar,
já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto,
já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora,
já passei trote por telefone, já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já fiz confissões antes de dormir num quarto escuro pro melhor amigo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro,
já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais
difíceis de se esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas,
já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda.
Conheci a morte de perto, e agora anseio por viver cada dia.
Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola,
já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre,
e voltei no outro instante.
Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo estrelas.
Já corri pra não deixar alguém chorando,
já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr do sol cor-de-rosa e laranjado,
já me joguei na piscina sem vontade de voltar,
já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios,
já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor,
mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade,
já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre.
Mas sempre era um "para sempre" pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver
amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo
um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da
emoção, guardados num baú, chamado coração... E agora um formulário me
interroga, me encosta na parede e grita: - Qual sua experiência?" Essa
pergunta ecoa no meu cérebro: "... experiência... experiência...
" Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência?
Não!!!
Talvez eles não saibam ainda colher sonhos.
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na
intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis ,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
As três peneiras
Texto anônimo
AS TRÊS PENEIRAS
Augustus procurou Sócrates e disse-lhe:
- Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- Espere um pouco, Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira, Augustus, é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Não, Sócrates! Absolutamente, não!
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Não, Sócrates... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E Sócrates sorrindo concluiu:
- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque:
Pessoas sábias falam sobre idéias;
Pessoas comuns falam sobre coisas;
Pessoas medíocres falam sobre pessoas.
AS TRÊS PENEIRAS
Augustus procurou Sócrates e disse-lhe:
- Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- Espere um pouco, Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira, Augustus, é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Não, Sócrates! Absolutamente, não!
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Não, Sócrates... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E Sócrates sorrindo concluiu:
- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque:
Pessoas sábias falam sobre idéias;
Pessoas comuns falam sobre coisas;
Pessoas medíocres falam sobre pessoas.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Boas Festas!
Caros leitores,
Desejo a todos um excelente Natal e um ano-novo (que descobri recentemente que tem hífen) repleto de sucesso, felicidade, alegria, saúde e tudo mais que está no cartão aí em cima (confesso que copiei pronto da internet).
Entro de férias por duas semanas, mas em janeiro retorno com força total para comemorarmos juntos os 3 anos do blog!
Boas Festas!
Desejo a todos um excelente Natal e um ano-novo (que descobri recentemente que tem hífen) repleto de sucesso, felicidade, alegria, saúde e tudo mais que está no cartão aí em cima (confesso que copiei pronto da internet).
Entro de férias por duas semanas, mas em janeiro retorno com força total para comemorarmos juntos os 3 anos do blog!
Boas Festas!
The violence in English Language
Sent by Valdir Nascimento
From: Culture Wizard
http://rw-3.com/2011/12/violent-expression
Joe Lurie, an intercultural trainer and consultant based in San Francisco, reflects on his observation that the English Americans speak is riddled with words, phrases and terminology rooted in gun metaphors and firearm related concepts. I’d argue this is a unique characteristic embedded in the American lexicon (which has certainly spread to other English-speaking regions and peoples through popular culture). Lurie’s essay was published earlier this month in the SIETAR Europa Journal.
Here is an excerpt demonstrating the violent nature of the language:
As I flipped through tv channels, watching left and right wing politicians and pundits battling in a ‘cross-fire’ of blame, each side looking for a ‘smoking gun’ to explain or cast blame for the Tucson tragedy, I became increasingly aware of how we US Americans unconsciously use gun language to express ourselves, even during the most innocent interactions.
In conversation, we often value the ‘straight shooter,’ yet are wary of those who ‘shoot their mouths off,’ those who ‘shoot from the hip’ or glibly end an argument with a ‘parting shot.’We caution our friends and colleagues to avoid ‘shooting themselves in the foot,’ and counsel them not to ‘shoot the messenger.’
In other kinds of sensitive business negotiations, I’ve advised patience, urging colleagues to avoid ‘jumping the gun.’ When the moment is right for getting the biggest ‘bang for the buck,’ I’ve agreed to bring the ‘big guns’ to the table. We look for ‘silver bullet’ solutions, hoping for ‘bulletproof’ results.
I’d bet many of us don’t think twice about the provenance of these everyday expressions. America’s historical relationship with guns and explosives is an obvious link, but how else has the obsession transferred to language?
Please tell us what you think about this unknowingly violent way of communicating. How does it impact the business process when Americans are taken out of their own cultural context and placed in another, e.g. in China where an interpreter is employed?
For more information about Joe Lurie and his work, click here to see his LinkedIn profile.
From: Culture Wizard
http://rw-3.com/2011/12/violent-expression
Joe Lurie, an intercultural trainer and consultant based in San Francisco, reflects on his observation that the English Americans speak is riddled with words, phrases and terminology rooted in gun metaphors and firearm related concepts. I’d argue this is a unique characteristic embedded in the American lexicon (which has certainly spread to other English-speaking regions and peoples through popular culture). Lurie’s essay was published earlier this month in the SIETAR Europa Journal.
Here is an excerpt demonstrating the violent nature of the language:
As I flipped through tv channels, watching left and right wing politicians and pundits battling in a ‘cross-fire’ of blame, each side looking for a ‘smoking gun’ to explain or cast blame for the Tucson tragedy, I became increasingly aware of how we US Americans unconsciously use gun language to express ourselves, even during the most innocent interactions.
In conversation, we often value the ‘straight shooter,’ yet are wary of those who ‘shoot their mouths off,’ those who ‘shoot from the hip’ or glibly end an argument with a ‘parting shot.’We caution our friends and colleagues to avoid ‘shooting themselves in the foot,’ and counsel them not to ‘shoot the messenger.’
In other kinds of sensitive business negotiations, I’ve advised patience, urging colleagues to avoid ‘jumping the gun.’ When the moment is right for getting the biggest ‘bang for the buck,’ I’ve agreed to bring the ‘big guns’ to the table. We look for ‘silver bullet’ solutions, hoping for ‘bulletproof’ results.
I’d bet many of us don’t think twice about the provenance of these everyday expressions. America’s historical relationship with guns and explosives is an obvious link, but how else has the obsession transferred to language?
Please tell us what you think about this unknowingly violent way of communicating. How does it impact the business process when Americans are taken out of their own cultural context and placed in another, e.g. in China where an interpreter is employed?
For more information about Joe Lurie and his work, click here to see his LinkedIn profile.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Adventure in English
Adventure in English
20 a 22 de janeiro - Cananeia e Ilha do Cardoso (SP)
R$ 597,00
www.terrazul.tur.br
20 a 22 de janeiro - Cananeia e Ilha do Cardoso (SP)
R$ 597,00
www.terrazul.tur.br
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Artigo - Por que é tão difícil escrever em Inglês
Confira meu quarto texto para o Blog da Disal:
Por que é tão difícil escrever em Inglês?
Por Vanessa Prata*
Basta pedir que os alunos façam uma redação para que os professores de Inglês (e de outros idiomas) ouçam inúmeras reclamações. Muitos estudantes acabam adiando a tarefa (alguns indefinidamente) e os que entregam a redação frequentemente apresentam um resultado abaixo do esperado, mesmo quando são participativos e têm boa performance oral. Por quê?
Em primeiro lugar, quem tem dificuldade de escrever em Inglês provavelmente também tem a mesma dificuldade em Português. O problema, portanto, não é escrever em Inglês, mas simplesmente escrever. Falta prática mesmo na língua nativa e, evidentemente, numa língua estrangeira o desafio é maior.
Em segundo lugar, grande parte dos alunos lê pouco e, assim, tem pouca bagagem cultural e pouco contato com a língua escrita, que é diferente da linguagem oral. Muitas expressões ou mesmo erros que são aceitos na linguagem oral, mais coloquial, tornam-se inaceitáveis na linguagem escrita, principalmente se for um texto mais formal.
Outro ponto é o fato de muitos alunos não conhecerem gêneros textuais, mesmo em Português, devido às deficiências de todo nosso sistema educacional, como bem sabemos. Dessa forma, eles tendem a escrever um e-mail para um amigo da mesma forma que escrevem uma carta de apresentação para um emprego, e o resultado, obviamente, não será o ideal. Ao receber as correções e perceber que seu texto não está adequado, o aluno se desmotiva ainda mais.
Além disso, mesmo os melhores alunos, muitas vezes, tendem a escrever primeiro em Português e depois “passar” para o Inglês, geralmente traduzindo palavra por palavra, o que costuma produzir um texto “Frankstein”, visto que muitas estruturas são diferentes em cada língua e a tradução palavra por palavra não leva em consideração expressões idiomáticas e colocações. Ao escrever em sua língua nativa, a tendência é que o aluno utilize estruturas e vocabulário muito mais elaborados do que o que ele conhece na língua-alvo, o que torna mais difícil a tarefa de traduzir do que escrever diretamente em Inglês.
O que fazer?
Muitas vezes é necessário começar do zero e ensinar coisas básicas, que não seriam nossa função como professores de Inglês. Coisas como o que é um parágrafo, quais são as principais regras de pontuação, como é o layout de uma carta e de um relatório, por exemplo, além de estilo formal e informal. Frases feitas e “linking words” também podem ajudar, além de mostrar modelos de textos e trabalhar com “process writing”. Para quem não conhece, esse tipo de atividade consiste em pedir que o aluno reescreva o mesmo texto algumas vezes (três, na média), após indicações do que deve ser corrigido, sem que o professor coloque a resposta correta. É preferível trabalhar bem um único texto num bimestre ou semestre, por exemplo, do que solicitar três ou quatro textos que serão mal feitos (ou nem serão escritos).
Aos alunos, cabe ler muito, reconhecer que escrever bem é uma questão de prática e “perder o medo da folha de papel em branco” (ou da tela do computador). As ideias sempre aparecem. Basta organização e dedicação para colocá-las de maneira adequada e coerente no papel.
"É a escrever mal que se aprende a escrever bem." – Samuel Johnson (1709-1784, escritor inglês)
“Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias.” - Pablo Neruda (1904-1973, escritor e poeta chileno)
Basta pedir que os alunos façam uma redação para que os professores de Inglês (e de outros idiomas) ouçam inúmeras reclamações. Muitos estudantes acabam adiando a tarefa (alguns indefinidamente) e os que entregam a redação frequentemente apresentam um resultado abaixo do esperado, mesmo quando são participativos e têm boa performance oral. Por quê?
Em primeiro lugar, quem tem dificuldade de escrever em Inglês provavelmente também tem a mesma dificuldade em Português. O problema, portanto, não é escrever em Inglês, mas simplesmente escrever. Falta prática mesmo na língua nativa e, evidentemente, numa língua estrangeira o desafio é maior.
Em segundo lugar, grande parte dos alunos lê pouco e, assim, tem pouca bagagem cultural e pouco contato com a língua escrita, que é diferente da linguagem oral. Muitas expressões ou mesmo erros que são aceitos na linguagem oral, mais coloquial, tornam-se inaceitáveis na linguagem escrita, principalmente se for um texto mais formal.
Outro ponto é o fato de muitos alunos não conhecerem gêneros textuais, mesmo em Português, devido às deficiências de todo nosso sistema educacional, como bem sabemos. Dessa forma, eles tendem a escrever um e-mail para um amigo da mesma forma que escrevem uma carta de apresentação para um emprego, e o resultado, obviamente, não será o ideal. Ao receber as correções e perceber que seu texto não está adequado, o aluno se desmotiva ainda mais.
Além disso, mesmo os melhores alunos, muitas vezes, tendem a escrever primeiro em Português e depois “passar” para o Inglês, geralmente traduzindo palavra por palavra, o que costuma produzir um texto “Frankstein”, visto que muitas estruturas são diferentes em cada língua e a tradução palavra por palavra não leva em consideração expressões idiomáticas e colocações. Ao escrever em sua língua nativa, a tendência é que o aluno utilize estruturas e vocabulário muito mais elaborados do que o que ele conhece na língua-alvo, o que torna mais difícil a tarefa de traduzir do que escrever diretamente em Inglês.
O que fazer?
Muitas vezes é necessário começar do zero e ensinar coisas básicas, que não seriam nossa função como professores de Inglês. Coisas como o que é um parágrafo, quais são as principais regras de pontuação, como é o layout de uma carta e de um relatório, por exemplo, além de estilo formal e informal. Frases feitas e “linking words” também podem ajudar, além de mostrar modelos de textos e trabalhar com “process writing”. Para quem não conhece, esse tipo de atividade consiste em pedir que o aluno reescreva o mesmo texto algumas vezes (três, na média), após indicações do que deve ser corrigido, sem que o professor coloque a resposta correta. É preferível trabalhar bem um único texto num bimestre ou semestre, por exemplo, do que solicitar três ou quatro textos que serão mal feitos (ou nem serão escritos).
Aos alunos, cabe ler muito, reconhecer que escrever bem é uma questão de prática e “perder o medo da folha de papel em branco” (ou da tela do computador). As ideias sempre aparecem. Basta organização e dedicação para colocá-las de maneira adequada e coerente no papel.
"É a escrever mal que se aprende a escrever bem." – Samuel Johnson (1709-1784, escritor inglês)
“Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias.” - Pablo Neruda (1904-1973, escritor e poeta chileno)
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Minha entrevista no blog Portal da Língua Inglesa
Fui entrevistada pelo blog Portal da Língua Inglesa, do professor Bruno Coriolano Costa. Confira!
A entrevista dessa semana é com a professora, jornalista e tradutora, Vanessa Prata. Nesse bate-papo, ela faz um breve resumo da vida profissional e dos diversos cursos feitos para se aprimorar no ensino da Língua Inglesa; das aulas particulares e das dificuldades que o professor enfrenta no seu dia a dia.
A entrevista dessa semana é com a professora, jornalista e tradutora, Vanessa Prata. Nesse bate-papo, ela faz um breve resumo da vida profissional e dos diversos cursos feitos para se aprimorar no ensino da Língua Inglesa; das aulas particulares e das dificuldades que o professor enfrenta no seu dia a dia.
Poderia fazer um breve resumo de sua vida acadêmica/profissional?
Sou formada em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero (2002), pós-graduada em Tradução, pela Unibero-Anhanguera (2011), e tenho os certificados CPE, TKT e Icelt, da Universidade de Cambridge.
Sou professora de inglês desde 1999, já tendo passado por escolas de idiomas como CNA, Seven, Wizard e SENAC e, atualmente, trabalho na Companhia de Idiomas e dou aulas particulares. Atuo também como jornalista e, eventualmente, faço traduções e revisões.
Porque decidiu ser professora de Língua Inglesa?
Foi um processo natural após alguns anos de estudo da língua, quando percebi que gostava muito de inglês e que gostaria de manter contato com o idioma após terminar o curso.
Comecei dando aulas aos 19 anos na mesma escola em que estudei e não parei mais, mesmo conciliando o trabalho de professora com o de jornalista. Inicialmente imaginava que seria um emprego temporário, enquanto estava na faculdade, mas se tornou uma carreira.
Você disse que, eventualmente, faz traduções. Por que escolheu “tradução” para estudar e como é trabalhar nessa área? Não toma muito tempo?
Quis fazer um curso de tradução justamente para conhecer melhor a área, já que sou formada em Comunicação Social e não em Letras ou Tradução. Fiz alguns trabalhos apenas, até por falta de tempo, pois me divido entre as aulas e o jornalismo, mas este ano traduzi um livro técnico de instrumentação cirúrgica. Pela falta de experiência e prática, acabo demorando mais do que tradutores “profissionais”, claro.
Quis fazer um curso de tradução justamente para conhecer melhor a área, já que sou formada em Comunicação Social e não em Letras ou Tradução. Fiz alguns trabalhos apenas, até por falta de tempo, pois me divido entre as aulas e o jornalismo, mas este ano traduzi um livro técnico de instrumentação cirúrgica. Pela falta de experiência e prática, acabo demorando mais do que tradutores “profissionais”, claro.
Você trabalhou em diversas escolas de idiomas diferentes. Tem alguma preferencia por algum método? Wizard e SENAC, por exemplo, têm métodos completamente diferentes.
Cada escola tem sua metodologia, mas é difícil afirmar que uma é melhor do que a outra; elas são diferentes, mas todas podem trazer bons resultados. Cada aluno tende a se identificar mais com uma escola ou metodologia, mas sempre é possível aprender, desde que haja dedicação da parte do aluno e do professor.
Estudei no CNA e gostava muito das aulas, porém conheço pessoas que não se identificaram, assim como outros alunos não se adaptam ao método da Wizard ou da Cultura Inglesa ou de qualquer outra escola. No geral, a tendência é que cada vez mais o foco seja na abordagem comunicativa.
Cada escola tem sua metodologia, mas é difícil afirmar que uma é melhor do que a outra; elas são diferentes, mas todas podem trazer bons resultados. Cada aluno tende a se identificar mais com uma escola ou metodologia, mas sempre é possível aprender, desde que haja dedicação da parte do aluno e do professor.
Estudei no CNA e gostava muito das aulas, porém conheço pessoas que não se identificaram, assim como outros alunos não se adaptam ao método da Wizard ou da Cultura Inglesa ou de qualquer outra escola. No geral, a tendência é que cada vez mais o foco seja na abordagem comunicativa.
Como é a professora Vanessa em sala de aula? Já passou por alguma situação embaraçosa?
Gosto muito de trabalhar com recursos variados, como vídeos, músicas, textos extras, sites etc. Sou amigável e flexível, mas tenho uma postura séria, não faço o tipo “professora engraçada”. Muitas vezes acontecem algumas coisas, como CD ou DVD não funcionarem (mesmo que você tenha testado antes), nos esquecermos de uma palavra em inglês mais “básica” ou mesmo alunos fazerem piadas em cima de algo que você estava explicando, mas são coisas normais numa sala de aula, não me lembro de algo muito mais “embaraçoso”.
Quais as dificuldades que um profissional de idiomas encontra na região onde você atua?
Como em qualquer área, temos que estar sempre estudando e nos atualizando, pois o mercado exige cada vez mais qualificação profissional. A concorrência para trabalhar nas melhores escolas é sempre grande, embora, no momento, a demanda por professores de inglês esteja em alta, havendo oportunidades para muitos profissionais.
No dia a dia, as dificuldades estão em conciliar horários, enfrentar horas no trânsito ou em transporte público para se deslocar de uma escola ou de uma empresa para outra e conseguir ter estabilidade financeira, pois, muitas vezes, professores ganham apenas por hora-aula dada, e devem se precaver com relação às faltas de alunos, férias, cancelamentos etc.
“A demanda por professores de inglês está em alta”. Por quê?
Cada vez mais as pessoas estão percebendo que falar inglês não é mais um diferencial, mas uma necessidade para entrar no mercado de trabalho e se manter nele. A perspectiva de eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas que serão realizadas aqui também estimula o interesse em aprender inglês. Além disso, muitos pais estão colocando os filhos cada vez mais cedo para estudar o idioma. Assim, o mercado está constantemente precisando de (bons) professores de inglês.
Gosto muito de trabalhar com recursos variados, como vídeos, músicas, textos extras, sites etc. Sou amigável e flexível, mas tenho uma postura séria, não faço o tipo “professora engraçada”. Muitas vezes acontecem algumas coisas, como CD ou DVD não funcionarem (mesmo que você tenha testado antes), nos esquecermos de uma palavra em inglês mais “básica” ou mesmo alunos fazerem piadas em cima de algo que você estava explicando, mas são coisas normais numa sala de aula, não me lembro de algo muito mais “embaraçoso”.
Quais as dificuldades que um profissional de idiomas encontra na região onde você atua?
Como em qualquer área, temos que estar sempre estudando e nos atualizando, pois o mercado exige cada vez mais qualificação profissional. A concorrência para trabalhar nas melhores escolas é sempre grande, embora, no momento, a demanda por professores de inglês esteja em alta, havendo oportunidades para muitos profissionais.
No dia a dia, as dificuldades estão em conciliar horários, enfrentar horas no trânsito ou em transporte público para se deslocar de uma escola ou de uma empresa para outra e conseguir ter estabilidade financeira, pois, muitas vezes, professores ganham apenas por hora-aula dada, e devem se precaver com relação às faltas de alunos, férias, cancelamentos etc.
“A demanda por professores de inglês está em alta”. Por quê?
Cada vez mais as pessoas estão percebendo que falar inglês não é mais um diferencial, mas uma necessidade para entrar no mercado de trabalho e se manter nele. A perspectiva de eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas que serão realizadas aqui também estimula o interesse em aprender inglês. Além disso, muitos pais estão colocando os filhos cada vez mais cedo para estudar o idioma. Assim, o mercado está constantemente precisando de (bons) professores de inglês.
Existem vantagens em aulas particulares? Os alunos sempre comparecem? Existe uma regularidade nas aulas ou os mesmos apenas te procuram quando é véspera de alguma prova?
A principal vantagem da aula particular para o professor é o valor da hora-aula, evidentemente, sempre superior ao que é pago nas escolas. Por outro lado, numa escola a estabilidade é maior, pois dificilmente um grupo vai parar de fazer aulas de uma hora para outra, o que é mais comum acontecer com alunos particulares. Além disso, como professor particular, você é autônomo, sem os direitos (e deveres) de um profissional registrado. A flexibilidade de horário também tem vantagens e desvantagens. Ao mesmo tempo em que você consegue fazer outras coisas no dia a dia, muitas vezes precisa ficar “enrolando” entre uma aula e outra.
Hoje, muitos executivos estão optando por aulas particulares, devido à maior flexibilidade que esse tipo de curso oferece. No meu caso, raramente dei aulas de reforço, com foco apenas em provas, mas certamente existe esse tipo de aluno também.
E como você lida com esse tipo de planejamento citado anteriormente (às faltas de alunos, férias, cancelamentos etc)?
Procuro sempre repor as aulas, dentro do possível. Porém, antes de iniciar o curso com um aluno novo, deixo claras as regras de cancelamento e reposição, isto é, com que antecedência a aula tem que ser cancelada para ter direito à reposição. Exceções são tradadas caso a caso, mas como professores particulares precisamos ter uma previsão média de aulas por mês.
A principal vantagem da aula particular para o professor é o valor da hora-aula, evidentemente, sempre superior ao que é pago nas escolas. Por outro lado, numa escola a estabilidade é maior, pois dificilmente um grupo vai parar de fazer aulas de uma hora para outra, o que é mais comum acontecer com alunos particulares. Além disso, como professor particular, você é autônomo, sem os direitos (e deveres) de um profissional registrado. A flexibilidade de horário também tem vantagens e desvantagens. Ao mesmo tempo em que você consegue fazer outras coisas no dia a dia, muitas vezes precisa ficar “enrolando” entre uma aula e outra.
Hoje, muitos executivos estão optando por aulas particulares, devido à maior flexibilidade que esse tipo de curso oferece. No meu caso, raramente dei aulas de reforço, com foco apenas em provas, mas certamente existe esse tipo de aluno também.
E como você lida com esse tipo de planejamento citado anteriormente (às faltas de alunos, férias, cancelamentos etc)?
Procuro sempre repor as aulas, dentro do possível. Porém, antes de iniciar o curso com um aluno novo, deixo claras as regras de cancelamento e reposição, isto é, com que antecedência a aula tem que ser cancelada para ter direito à reposição. Exceções são tradadas caso a caso, mas como professores particulares precisamos ter uma previsão média de aulas por mês.
Como você avalia sua formação acadêmica?
Não tenho formação na área de Letras ou Pedagogia, porém fui atrás de vários outros certificados para compensar essas lacunas que poderiam haver em minha formação, embora os cursos de Comunicação Social e de Tradução também tenham ajudado bastante. Acredito que independentemente do curso superior que um professor de inglês tenha feito, é importante estar sempre se atualizando, participando de workshops, palestras, lendo livros, procurando aperfeiçoar-se tanto em termos de conhecimento linguístico como de metodologia e mesmo em outros assuntos, dependendo de sua área de atuação, como aulas para executivos, aulas para crianças, para adolescentes etc.
Não tenho formação na área de Letras ou Pedagogia, porém fui atrás de vários outros certificados para compensar essas lacunas que poderiam haver em minha formação, embora os cursos de Comunicação Social e de Tradução também tenham ajudado bastante. Acredito que independentemente do curso superior que um professor de inglês tenha feito, é importante estar sempre se atualizando, participando de workshops, palestras, lendo livros, procurando aperfeiçoar-se tanto em termos de conhecimento linguístico como de metodologia e mesmo em outros assuntos, dependendo de sua área de atuação, como aulas para executivos, aulas para crianças, para adolescentes etc.
Muitas vezes, empresários que não são do ramo de idiomas abrem franquias por terem certo poder aquisitivo que a maioria dos professores de idiomas, que fazem o trabalho mais árduo, não tem. Como você avalia a estrutura das instituições por onde passou e o ensino de línguas estrangeiras no nosso país?
Desde que a direção e a coordenação das escolas estejam nas mãos de profissionais competentes, acredito que o ramo de ensino de idiomas é um negócio como outro qualquer, que precisa de investimentos constantes. No geral, trabalhei em lugares bem estruturados, mas certamente há muitas escolas que precisariam melhorar, e não é uma questão de estrutura física. É lógico que faz diferença se uma escola oferece laboratório, biblioteca, entre outros recursos, mas o principal é a qualidade e o comprometimento dos profissionais que trabalham lá.
Desde que a direção e a coordenação das escolas estejam nas mãos de profissionais competentes, acredito que o ramo de ensino de idiomas é um negócio como outro qualquer, que precisa de investimentos constantes. No geral, trabalhei em lugares bem estruturados, mas certamente há muitas escolas que precisariam melhorar, e não é uma questão de estrutura física. É lógico que faz diferença se uma escola oferece laboratório, biblioteca, entre outros recursos, mas o principal é a qualidade e o comprometimento dos profissionais que trabalham lá.
Obrigado pela atenção e o tempo disponibilizado. Que mensagem você deixaria para professores e/ou alunos de Língua Inglesa?
Ser professor é uma carreira que exige dedicação constante, comprometimento, responsabilidade e muito trabalho, mas vale a pena. É muito gratificante reencontrar alunos que estudaram com você e ainda se lembram das aulas e mais ainda quando um deles decide ser professor também. É uma troca constante de experiências, estamos sempre conhecendo pessoas e lugares novos e sempre aprendendo.
Ser professor é uma carreira que exige dedicação constante, comprometimento, responsabilidade e muito trabalho, mas vale a pena. É muito gratificante reencontrar alunos que estudaram com você e ainda se lembram das aulas e mais ainda quando um deles decide ser professor também. É uma troca constante de experiências, estamos sempre conhecendo pessoas e lugares novos e sempre aprendendo.
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