Matéria de Vanessa Prata, publicada em novembro/08, no caderno especial Colégios do jornal Diário de S.Paulo.
Preparados para o futuro
Inglês no ensino infantil é válido, mas pais não podem ter pressa de ver a criança “sair falando”
No mundo globalizado de hoje, a necessidade de falar inglês fluentemente tem levado muitos pais a buscar escolas que ofereçam aulas do idioma desde o ensino infantil. A opção é válida, pois estudos recentes indicam que o sistema nervoso da criança na faixa dos 3 anos está mais predisposto a aprender outras línguas e tem mais facilidade para distinguir sons. “Mas os pais não podem esperar que a criança seja fluente em inglês como na língua materna nessa idade”, alerta Maria Margarida Silveira, supervisora pedagógica do Ensino Infantil ao 2º ano do Ensino Fundamental I do colégio Rio Branco, na unidade Higienópolis.
O trabalho desenvolvido há dois anos no Rio Branco com crianças de 3 a 7 anos, chamado de Imersão Parcial, baseia-se em situações vivenciais do cotidiano, em que as crianças têm contato com o inglês diariamente por meio de jogos, música, teatro, contos, sempre com o trabalho conjunto da professora “polivalente”, que ensina na língua materna, e da professora bilíngue, que fala em inglês com as crianças. “Não estamos preocupados em ensinar vocabulário ou estruturas, mas em desenvolver habilidades para que a criança aprenda a se comunicar. A alfabetização em inglês só ocorre depois de a criança estar alfabetizada em português, e os pais têm que ter claro que o trabalho é de longo prazo e deve ser contínuo, nosso objetivo é que, ao se formar no Ensino Médio, o jovem seja fluente em inglês”, explica Margarida.