sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Do you teach English or do you teach people?


Ao participar de um workshop hoje na escola Companhia de Idiomas, conheci o texto abaixo, trecho do livro O Sucesso Está no Equilíbrio, de Robert Wong.

Uma aplicação dos 3 Cs

Ao me formar no colégio, resolvi dar aulas de inglês como uma fonte de renda e para poder dar uma ajuda financeira em casa. Candidatei-me a uma vaga numa escola de línguas e, após um rigoroso processo de seleção, fui contratado como professor de inglês aos 18 anos. No meu primemiro dia, o diretor da escola apresentou-me oficialmente aos alunos. "Meus caros alunos, quero apresentar-lhes Mr. Robert Wong. He teaches English."
Cumprimentei a turma e declarei enfaticamente: "Boa noite a todos, mas devo dizer-lhes que eu não leciono inglês." Seguiu-se um momento de silêncio estupefato, tanto do diretor como dos alunos, incrédulos com o que acabaram de ouvir. Continuei: "I do not teach English. I teach people."
E isso fez toda a diferença! Pois cada aluno é um indivíduo, único, especial, com suas habilidades, suas dificuldades, suas carências, seus momentos, suas necessidades etc. Deve-se ministrar a aula como se fosse uma aula particular, respeitando a individualidade de cada um, com ênfase e foco na pessoa mais do que na matéria. Além do mais, comuniquei a todos que eu tinha três mandamentos (todos positivos) na minha classe, mandamentos que seriam repetidos no início e no final de cada aula, a saber: I like English! English is easy! I can speak English!
Resultado: no final do semestre, meus alunos tiravam as médias mais altas na prova de conclusão de curso, não porque eles eram mais inteligentes e muito menos porque eu era mais qualificado, mas porque conseguimos eliminar as três principais barreiras para o aprendizado de línguas ou, na realidade, para a realização de qualquer atividade a que propomos. Tudo que no nosso conceito seja prazeroso (I like), fácil (It's easy) e possível (I can) coloca-se perfeitamento dentro do nosso alcance. A tarefa não é mais um fardo: torna-se um prazer. Somos nós que erguemos as barreiras; somos nós também que podemos removê-las. A diferença está na nossa atitude. Esse é um exemplo da aplicação dos 3 Cs: comunicamos nossos respectivos propósitos; obtive o comprometimento dos alunos e eles, o meu; e conquistamos a confiança mútua para o objetivo comum. Um projeto ganha-ganha.