Breno Pessoa saiu de Salvador (BA) há seis anos para se aventurar em Londres e atualmente é analista de marketing digital na EF, empresa voltada a cursos no exterior. Confira um pouco mais sobre sua rotina na capital inglesa e saiba como você também pode conseguir um emprego em Londres.
Conte-nos um pouco de sua experiência profissional e formação.
Breno - Sou formado em Propaganda e Marketing em Salvador. Porém, estudei no Reino Unido e agora tenho um Masters in International Marketing. Em Londres, trabalhei em diversas áreas relacionadas a marketing e tradução, passando por uma revista para a comunidade brasileira, uma empresa na área de TI, uma agência de design, e agora numa empresa voltada para cursos no exterior. Moro em Londres há 6 anos, sou completamente apaixonado pela cidade – embora uma grande amiga diga que é porque ainda não conheci Nova York ou São Francisco!
O que você faz exatamente aí?
Breno - Trabalho como analista de marketing digital. Minha rotina é bem variada. Às vezes, passo o dia traduzindo textos para o português ou criando conteúdo para sites, o nosso blog, e fazendo pesquisas. Há também bastante análise envolvida, quando observo as visitas ao nosso Website e todas as variáveis para que ele esteja acessível, bem escrito e bem visitado. Buscamos também oferecer a melhor experiência on-line possível.
Como você conseguiu esse emprego na EF?
Breno - Foi engraçado. Estava de férias no Brasil, em Salvador, indo à praia apenas. Um dia o telefone tocou para este emprego que eu havia me candidatado há pelo menos 20 dias, era uma agência de recrutamento. Tivemos uma entrevista pelo telefone que durou quase meia-hora. A minha maior preocupação era o custo da ligação, pois o meu celular era o de Londres e eu sabia que me cobrariam por receber ligações! Sério, não parava de pensar. Quando cheguei a Londres, vim até a EF, e de cara adorei o escritório, as pessoas, o clima. Trabalho num ambiente completamente internacional e meus colegas são cada um de um país diferente! Pouca gente se dá conta, mas a EF é uma empresa de educação internacional, que envolve escolas de idiomas, universidade, cursos de inglês on-line e vários programas de intercâmbio. Aqui no escritório, as pessoas que trabalham para cada área do negócio ficam próximas uma das outras e isto cria um ambiente interessantíssimo, altamente globalizado e antenado.
Que documentação é exigida para um brasileiro trabalhar legalmente em Londres? Você tem passaporte europeu ou apenas visto de trabalho.
Breno - Normalmente é necessário visto de trabalho ou passaporte europeu. Tenho visto de trabalho. O Reino Unido possui um visto para profissionais qualificados a base de pontos. Se você tem mestrado ou pós, um salário razoavelmente alto, fala inglês bem e mais alguns pré-requisitos, não é tão difícil de conseguir.
Quais as semelhanças e diferenças entre Londres e Salvador?
Breno - É completamente diferente. Salvador é uma cidade de praia que não abre mão da sua qualidade de vida. Porém, apesar de ser uma cidade grande, tem cara de cidade pequena. Londres é a capital da Europa, e tudo acontece aqui. Londres é hipercosmopolita e as relações são meio impessoais, enquanto em Salvador se faz amigos no primeiro ‘oi’. Eu não consigo pensar em nada em comum, a não ser o fato de que Londres agora tem baiana de acarajé! (risos). Verdade, descobri outro dia andando em Brixton, um bairro composto por imigrantes, em sua maioria.
Você notou algum tipo de preconceito contra brasileiros por aí? Qual a visão dos ingleses sobre o Brasil e os brasileiros?
Breno - Acho que não podemos chamar exatamente de preconceito, no sentido mais literal. Ingleses adoram brasileiros, de maneira geral. A minha experiência diz apenas que há uma expectativa de que não somos muito educados e cultos. Em Londres, há muitos brasileiros em subemprego e isto cria uma imagem do brasileiro médio. Não que no Brasil grande parte das pessoas tenha um emprego melhor, é apenas que a maioria dos ingleses tem contato apenas com estes brasileiros, geralmente superocupados nos seus afazeres do trabalho e, no Brasil, nós somos também arquitetos, designers, publicitários, etc. É preciso reforçar que muitos brasileiros que trabalham como garçom, em cafés e bares, são pessoas interessantíssimas e educadas, mas quando se trabalha num restaurante, por exemplo, pouca chance se tem de conversar com ingleses, o que gera uma imagem superficial. Londres é uma cidade multicultural e normalmente estrangeiros ficam amigos de estrangeiros, o que é uma pena.
Do que você mais gosta em Londres e do que você mais sente falta no Brasil?
Breno - Adoro o transporte público. Nada melhor do que poder ir rapidamente de um lado a outro da cidade de metrô, sem precisar dirigir ou pegar engarrafamento. Ou voltar de ônibus para casa de madrugada sem medo de assalto, supertranquilo. Há, claro, várias outras coisas que gosto, mas este tem um impacto grande no meu dia a dia.
Sinto falta da família e dos amigos. Sinto falta da comida. Sinto falta da minha cama e do meu quarto e do tempo que tinha empregada. Sinto falta do meu cachorro. Sinto falta da praia de Salvador e do pôr do Sol no Farol da Barra.
Que sugestão você daria para quem quer estudar e trabalhar no exterior?
Breno - Ligar para a EF!, risos... Sério, esta decisão precisa ser levada super a sério. Já vi bastante discussão sobre as vantagens de uma agência de intercâmbio e garanto que as agências são importantes. Se algo der errado, é importante contar com o suporte de alguém. Por isso, que dou muito valor ao fato de a EF ter escritórios próprios em mais de 50 países porque, em caso de necessidade, sempre há alguém da nossa empresa para ajudar. Outra coisa vital é escolher bem o destino, o curso e a duração do programa. Vale pesquisar e ter uma consultoria para descobrir qual opção é a melhor para você. Por fim, planeje com antecedência. Intercâmbio é sinônimo de crescimento pessoal, por isso deve-se vir com a cabeça tranquila, mente aberta e bastante flexibilidade para experimentar outras culturas.
Conte-nos alguma curiosidade de Londres ou de sua experiência na cidade.
Breno - Coisas que rotulei de absurdas: se o pedinte, morador de rua, possuir um cachorro, ele ganha um subsídio (monetário) do governo para cuidar do seu cão. Em alguns pontos da cidade, há um mictório circular com espaço para três pessoas, onde os homens simplesmente descem o zíper e urinam no meio da rua! Há várias outras curiosidades (e choques) culturais, mas não consigo lembrar agora.
Conte-nos um pouco de sua experiência profissional e formação.
Breno - Sou formado em Propaganda e Marketing em Salvador. Porém, estudei no Reino Unido e agora tenho um Masters in International Marketing. Em Londres, trabalhei em diversas áreas relacionadas a marketing e tradução, passando por uma revista para a comunidade brasileira, uma empresa na área de TI, uma agência de design, e agora numa empresa voltada para cursos no exterior. Moro em Londres há 6 anos, sou completamente apaixonado pela cidade – embora uma grande amiga diga que é porque ainda não conheci Nova York ou São Francisco!
O que você faz exatamente aí?
Breno - Trabalho como analista de marketing digital. Minha rotina é bem variada. Às vezes, passo o dia traduzindo textos para o português ou criando conteúdo para sites, o nosso blog, e fazendo pesquisas. Há também bastante análise envolvida, quando observo as visitas ao nosso Website e todas as variáveis para que ele esteja acessível, bem escrito e bem visitado. Buscamos também oferecer a melhor experiência on-line possível.
Como você conseguiu esse emprego na EF?
Breno - Foi engraçado. Estava de férias no Brasil, em Salvador, indo à praia apenas. Um dia o telefone tocou para este emprego que eu havia me candidatado há pelo menos 20 dias, era uma agência de recrutamento. Tivemos uma entrevista pelo telefone que durou quase meia-hora. A minha maior preocupação era o custo da ligação, pois o meu celular era o de Londres e eu sabia que me cobrariam por receber ligações! Sério, não parava de pensar. Quando cheguei a Londres, vim até a EF, e de cara adorei o escritório, as pessoas, o clima. Trabalho num ambiente completamente internacional e meus colegas são cada um de um país diferente! Pouca gente se dá conta, mas a EF é uma empresa de educação internacional, que envolve escolas de idiomas, universidade, cursos de inglês on-line e vários programas de intercâmbio. Aqui no escritório, as pessoas que trabalham para cada área do negócio ficam próximas uma das outras e isto cria um ambiente interessantíssimo, altamente globalizado e antenado.
Que documentação é exigida para um brasileiro trabalhar legalmente em Londres? Você tem passaporte europeu ou apenas visto de trabalho.
Breno - Normalmente é necessário visto de trabalho ou passaporte europeu. Tenho visto de trabalho. O Reino Unido possui um visto para profissionais qualificados a base de pontos. Se você tem mestrado ou pós, um salário razoavelmente alto, fala inglês bem e mais alguns pré-requisitos, não é tão difícil de conseguir.
Quais as semelhanças e diferenças entre Londres e Salvador?
Breno - É completamente diferente. Salvador é uma cidade de praia que não abre mão da sua qualidade de vida. Porém, apesar de ser uma cidade grande, tem cara de cidade pequena. Londres é a capital da Europa, e tudo acontece aqui. Londres é hipercosmopolita e as relações são meio impessoais, enquanto em Salvador se faz amigos no primeiro ‘oi’. Eu não consigo pensar em nada em comum, a não ser o fato de que Londres agora tem baiana de acarajé! (risos). Verdade, descobri outro dia andando em Brixton, um bairro composto por imigrantes, em sua maioria.
Você notou algum tipo de preconceito contra brasileiros por aí? Qual a visão dos ingleses sobre o Brasil e os brasileiros?
Breno - Acho que não podemos chamar exatamente de preconceito, no sentido mais literal. Ingleses adoram brasileiros, de maneira geral. A minha experiência diz apenas que há uma expectativa de que não somos muito educados e cultos. Em Londres, há muitos brasileiros em subemprego e isto cria uma imagem do brasileiro médio. Não que no Brasil grande parte das pessoas tenha um emprego melhor, é apenas que a maioria dos ingleses tem contato apenas com estes brasileiros, geralmente superocupados nos seus afazeres do trabalho e, no Brasil, nós somos também arquitetos, designers, publicitários, etc. É preciso reforçar que muitos brasileiros que trabalham como garçom, em cafés e bares, são pessoas interessantíssimas e educadas, mas quando se trabalha num restaurante, por exemplo, pouca chance se tem de conversar com ingleses, o que gera uma imagem superficial. Londres é uma cidade multicultural e normalmente estrangeiros ficam amigos de estrangeiros, o que é uma pena.
Do que você mais gosta em Londres e do que você mais sente falta no Brasil?
Breno - Adoro o transporte público. Nada melhor do que poder ir rapidamente de um lado a outro da cidade de metrô, sem precisar dirigir ou pegar engarrafamento. Ou voltar de ônibus para casa de madrugada sem medo de assalto, supertranquilo. Há, claro, várias outras coisas que gosto, mas este tem um impacto grande no meu dia a dia.
Sinto falta da família e dos amigos. Sinto falta da comida. Sinto falta da minha cama e do meu quarto e do tempo que tinha empregada. Sinto falta do meu cachorro. Sinto falta da praia de Salvador e do pôr do Sol no Farol da Barra.
Que sugestão você daria para quem quer estudar e trabalhar no exterior?
Breno - Ligar para a EF!, risos... Sério, esta decisão precisa ser levada super a sério. Já vi bastante discussão sobre as vantagens de uma agência de intercâmbio e garanto que as agências são importantes. Se algo der errado, é importante contar com o suporte de alguém. Por isso, que dou muito valor ao fato de a EF ter escritórios próprios em mais de 50 países porque, em caso de necessidade, sempre há alguém da nossa empresa para ajudar. Outra coisa vital é escolher bem o destino, o curso e a duração do programa. Vale pesquisar e ter uma consultoria para descobrir qual opção é a melhor para você. Por fim, planeje com antecedência. Intercâmbio é sinônimo de crescimento pessoal, por isso deve-se vir com a cabeça tranquila, mente aberta e bastante flexibilidade para experimentar outras culturas.
Conte-nos alguma curiosidade de Londres ou de sua experiência na cidade.
Breno - Coisas que rotulei de absurdas: se o pedinte, morador de rua, possuir um cachorro, ele ganha um subsídio (monetário) do governo para cuidar do seu cão. Em alguns pontos da cidade, há um mictório circular com espaço para três pessoas, onde os homens simplesmente descem o zíper e urinam no meio da rua! Há várias outras curiosidades (e choques) culturais, mas não consigo lembrar agora.